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Uefa polemiza ao negar minuto de silêncio para tragédia na Turquia

Minuto de silêncio seria concedido caso tragédia tivesse ligação com futebol, segundo a Uefa - Emrah Gurel/ AP
Minuto de silêncio seria concedido caso tragédia tivesse ligação com futebol, segundo a Uefa Imagem: Emrah Gurel/ AP

Do UOL, em São Paulo

29/06/2016 15h55

A Uefa informou que não haverá minuto de silêncio pelo atentado que matou 41 pessoas no aeroporto de Istambul, na Turquia. A decisão revoltou principalmente os turcos, que já estão eliminados da Eurocopa. Na quinta-feira, Polônia e Portugal se enfrentarão pelas quartas de finais.

A entidade que regula o futebol na Europa recebeu pedidos para que houvesse o minuto em silêncio antes das partidas da Euro.

Mas a Uefa, segundo a AFP, informou que a adoção da homenagem teria de ter alguma ligação com o futebol ou com personalidade ligada ao esporte.

Goleiro brasileiro estava no aeroporto no momento do atentado

O goleiro Andrey, ex-Grêmio e Cruzeiro, viajava na última terça-feira (28) para o Irã, para assinar contrato com um clube local. Mas sua escala em Istambul teve um contratempo aterrorizante.

O brasileiro de 32 anos foi testemunha do atentado que matou ao menos 41 pessoas no aeroporto da cidade turca, e acabou confundido com um terrorista pela polícia local.

"Eu estava no caminho para o saguão quando comecei a ver gente vindo, chorando. Não caiu a ficha, estava totalmente desinformado, mas aí começaram a gritar 'terrorista, corre, corre'. Tentei me abrigar em um lugar, eu estava sozinho e não quis ficar onde tinha muita gente, aglomeração", contou Andrey ao UOL Esporte.

"Tinha um terrorista que não tinha sido pego, então a polícia estava caçando ele ali. E como fiquei afastado em um canto do salão, os caras me viram e foram para cima de mim. Todos armados, achando que eu era terrorista, porque eu estava sozinho. Gritaram 'abre a bolsa', dois caras com metralhadoras. Eu levantei as mãos e não sabia o que fazer. Só falei que eu era brasileiro", relatou.