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Cruzeiro é cobrado na Justiça por ida de Souza ao Japão

Souza (à direita) é motivo de ação judicial de empresa contra o Cruzeiro - Washington Alves / Light Press
Souza (à direita) é motivo de ação judicial de empresa contra o Cruzeiro Imagem: Washington Alves / Light Press

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

02/07/2016 06h00

A GT Sports Assessoria acionou o Cruzeiro na Justiça com o intuito de receber o percentual que diz ter direito na transferência do volante Souza para o Cerezo Osaka, do Japão. A saída do jogador ocorreu em dezembro do ano passado.

Detentora de 20% dos direitos econômicos no período em que o jogador estava na Toca da Raposa II, a empresa pleiteia receber sua parte na transação., equivalente a pouco mais de R$ 200 mil O atleta foi negociado por US$ 250 mil (R$ 1 milhão na cotação da época).

Contratado junto ao Palmeiras, em 2013, Souza faturou o Campeonato Brasileiro do mesmo ano na Toca da Raposa II. Na temporada seguinte, o volante venceu o Estadual. Contudo, perdeu espaço com o técnico Marcelo Oliveira e foi emprestado a Santos e Bahia antes de se mudar para o futebol japonês.

A companhia é representada no ato pelo sócio-diretor Thiago Tiraboschi Ferro e pelo advogado Aldo Giovani Kurle, que confirmou a situação ao UOL Esporte.

Trecho da ação da GT Sports contra o Cruzeiro, obtida pelo UOL Esporte - Reprodução - Reprodução
Trecho da ação da GT Sports contra o Cruzeiro, obtida pelo UOL Esporte
Imagem: Reprodução

Segundo a ação, a GT Sports notificou extrajudicialmente o clube mineiro em 4 de maio. Contudo, a diretoria nem sequer respondeu ao contato feito pelos agentes de Souza. Diante da ausência de informações, eles optaram por acionar a agremiação na Justiça.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) estipulou um prazo de 15 dias para que o Cruzeiro realizasse o pagamento aos antigos detentores dos direitos econômicos de Souza ou apresentasse a sua defesa neste mesmo período, sob pena de arcar com os efeitos da revelia.

A reportagem tentou contato com Fabiano Costa, chefe do departamento jurídico do clube mineiro, mas não obteve retorno.

Segundo o especialista em direito desportivo Louis Dolabela, o fato de o Cruzeiro não pagar os direitos dos parceiros pode assustar e afastar novos investidores.

"Ora, em casos assim, o dinheiro só é recuperado e só há lucro quando o jogador troca de equipe, então por qual razão você investiria em um clube se posteriormente terá que acionar a justica para recuperar seu investimento?", afirmou.