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Prass critica preparação de árbitros brasileiros e avalia situação de Denis

Fernando Prass avaliou a situação dos árbitros do futebol brasileiro - Adriano Vizoni/Folhapress
Fernando Prass avaliou a situação dos árbitros do futebol brasileiro Imagem: Adriano Vizoni/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

07/07/2016 14h58

O goleiro Fernando Prass criticou a forma com que os árbitros fazem sua preparação no futebol brasileiro nesta quinta-feira (07).

Em entrevista ao programa “Bate-Bola”, da ESPN Brasil, o goleiro avaliou a situação dos árbitros, que são amadores, em meio a um universo altamente profissionalizado como o futebol. Na opinião de Prass, é impossível exigir que os árbitros desempenhem um trabalho de alto nível se não são oferecidas boas condições de preparação e trabalho.

“Tenho uma opinião há tempos: o problema está na preparação e na formação. Eu trabalho sete dias por semana com psicólogo, fisiologista, nutricionista, GPS, suplementos, treinamento planejado, faço recovery, todo meu treinamento certinho. Os caras têm outra profissão, trabalham durante a semana. Vi árbitro que dirigiu 400 quilômetros de carro para apitar a Série B. Como é que um cara como esse, que é amador, vai competir em igualdade de condições comigo, que sou profissional e trabalho pra isso, com vocês da imprensa, com diretores, já que hoje os diretores são profissionais no futebol? O árbitro é o único amador em um projeto todo profissional e que envolve milhões de reais. O valor que se gastaria pra profissionalizar é insignificante perto do prejuízo que se traz um erro e até pra credibilidade da competição também”, disparou Fernando Prass.

Sem fugir de temas polêmicos, o goleiro alviverde, que foi convocado para a seleção brasileira que irá disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, avaliou a situação de Denis, goleiro do São Paulo, que convive com críticas da torcida. De acordo com Prass, o problema acontece pelo fato do atleta precisar substituir Rogério Ceni, um dos maiores nomes da história do clube paulista.

“Essa comparação sempre vai existir. Tanto pelo lado positivo quando pelo negativo. É óbvio que o Denis vai sofrer essa cobrança, porque entrou no lugar do Rogério, um dos maiores nomes da história do clube. Esse processo vai servir muito para ele como amadurecimento. Tem coisas que você só aprende sentindo na pele. Quando estabilizar, Denis vai ser muito mais forte, muito mais cascudo, até por essa comparação com Rogério”, avaliou Prass.

Por fim, o goleiro comentou sobre a rivalidade criada com o Santos após as duas decisões disputadas contra o alvinegro praiano na última temporada. Os clubes voltarão a se enfrentar na próxima terça-feira (12), às 20h30 (de Brasília), no Allianz Parque.

“Não tem como decidir um estadual e uma Copa do Brasil, nos pênaltis, em jogos tensos e disputados, sem criar rivalidade. A polêmica de campo é do jogo, se eu tiver que discutir com Ricardo Oliveira, Vitor Hugo e até mesmo Zé Roberto para vencer, a gente vai ter que fazer, claro que dentro da desportividade, do respeito. Essas rusgas, dentro de um jogo competitivo deste nível, sempre vão acontecer”, encerrou o goleiro.