Topo

Com fim da "era nômade", Levir projeta reaproximação da torcida do Flu

 MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC
Imagem: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

Do UOL, em São Paulo

11/07/2016 07h56

A ineficiência do ataque, as oscilações no Brasileirão e a falta de apoio da torcida do Fluminense são alguns dos motivos que tiraram Levir Culpi do sério nos últimos tempos. O treinador chegou a desabafar após o empate com o Ypiranga-RS, pela Copa do Brasil, e ameaçou pedir demissão na última quarta-feira (06). Embora o rendimento de sua equipe não tenha sido o ideal no empate sem gols diante do Vitória, no domingo à noite, o treinador atendeu a imprensa em Salvador mais tranquilo e comemorou o fato de o clube agora ter uma casa. No próximo domingo, diante do Cruzeiro, finalmente poderá jogar no estádio Giulite Coutinho, em Edson Passos, onde mandará suas partidas no restante do ano.

Com o aval da CBF para a realização do duelo contra o time mineiro em Edson Passos, Levir espera uma reaproximação da torcida tricolor. Além da fama de "andarilho" – em seis rodadas como mandante no Brasileiro, jogou em Volta Redonda, Brasília e Cariacica –, o Fluminense tem atuado diante de públicos muito baixos. Apenas 492 pagantes estiveram no Raulino de Oliveira no empate contra o Ypiranga-RS.

"Estou sempre tentando minimizar o fato de jogarmos fora de casa. Falo que temos que ir para cima, que estamos em casa mesmo em outras cidades. Agora teremos Edson Passos, que ainda é fora do Rio. Mas é o que conseguimos neste momento. Temos que transformar Edson Passos na nossa casa. A torcida tem de estar junto, mais próxima da gente. Sei que não dá para cobrar uma presença maior porque não podemos oferecer melhores acomodações. Este ano está sofrido. Mas, se estivermos juntos, podemos passar por ele bem mais tranquilo", disse.

Desde que oficializou o projeto de fazer de Edson Passos a nova casa tricolor, a diretoria do Fluminense promoveu uma série de melhorias no estádio. O acordo com o América, proprietário do Giulite Coutinho, previa reformas no gramado, na arquibancada e nos vestiários.

Uma pausa na maratona de jogos e viagens

Com jogos agendados só aos finais de semana até a partida de volta contra o Ypiranga, no dia 27 deste mês, Levir espera aprimorar a parte física do elenco tricolor. O desgaste provocado pela maratona de viagens em 2016 é motivo de preocupação para o treinador.

"É muito bom [ter jogos só aos fins de semana nos próximos 15 dias]. Vamos poder dar folga aos jogadores, algo que eles não têm há um mês. Quase não ficam em casa, é viagem atrás de viagem. São dois dias de folga e duas semanas para trabalhar. Vamos poder equilibrar a parte física. Temos a vantagem de que poucos jogadores estão se machucando", declarou.