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Quatro motivos que explicam o pior momento de Paulo Bento no Cruzeiro

Treinador reconheceu estar vivendo seu pior momento desde que chegou ao Cruzeiro - Pedro Vilela/Light Press/Cruzeiro
Treinador reconheceu estar vivendo seu pior momento desde que chegou ao Cruzeiro Imagem: Pedro Vilela/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

12/07/2016 07h50

Desde que assumiu o Cruzeiro, no começo de maio, o técnico Paulo Bento viveu situações extremas de euforia, animação, descontentamento e decepção com sua equipe. Até aqui, o time mineiro somou cinco vitórias, três empates e seis derrotas em 14 jogos. Mas nenhum momento da ainda curta passagem foi tão ruim quanto o atual. Depois da derrota por 3 a 0 diante do Atlético-PR no Mineirão, o próprio português sentiu o baque de mais um revés em casa e reconheceu que ainda não tinha passado por uma fase tão adversa na Toca da Raposa.

Desde as vaias, que se tornaram frequentes em casa, até o desempenho irregular que reflete nos números do Cruzeiro na tabela, o UOL citou uma lista de quatro motivos que provam a insatisfação de Paulo Bento e explicam os motivos do treinador atravessar seu pior momento em Minas Gerais.

Maior derrota como mandante

André Lima, do Atlético-PR - Thomas Santos/Agif - Thomas Santos/Agif
Imagem: Thomas Santos/Agif

O Cruzeiro foi superado quatro vezes em 17 partidas como mandante na atual temporada. A derrota desta segunda-feira, por 3 a 0 para o Atlético-PR, foi a maior dentro de seus domínios em 2016. Sob a batuta de Deivid, a equipe perdeu por 4 a 3 para o Fluminense, pela Primeira Liga. Com Paulo Bento no comando, São Paulo e Flamengo bateram os mineiros pelo placar mínimo – 1 a 0.

Instabilidade defensiva

Bruno Rodrigo, do Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

As falhas do sistema defensivo do Cruzeiro se tornaram constantes nas partidas mais recentes. Na 13ª rodada do Brasileirão, a equipe vencia o Vitória por 2 a 0. Contudo, o lateral esquerdo Bryan e os zagueiros Bruno Viana e Fabrício cometeram erros, permitindo a igualdade ao visitante. O duelo terminou com o placar por 2 a 2. Nessa segunda-feira, foi a vez de Bruno Rodrigo cometer um erro. O zagueiro não conseguiu afastar lançamento de Weverton e entregou a posse de bola para Pablo balançar a rede de Fábio.

Insatisfação da torcida e gritos de burro

Torcida do cruzeiro no Mineirão - Juliana Flister/Light Press/Cruzeiro - Juliana Flister/Light Press/Cruzeiro
Imagem: Juliana Flister/Light Press/Cruzeiro

O português chegou ao Cruzeiro e rapidamente conquistou a torcida. Mesmo com os tropeços frequentes no Mineirão, ele gozou de prestígio com o público. Contudo, uma cena rara foi vista no empate com o Vitória e na derrota para o Atlético-PR. Nas duas partidas, o técnico lusitano despertou a ira da torcida e foi chamado de “burro”. O motivo, contudo, foi distinto. Na igualdade com os baianos, as críticas apareceram pela demora para acionar Willian no lugar de Duvier Riascos. Nesta segunda, ao colocar Allano na vaga de Ariel Cabral, na etapa complementar.

Sequência de vitórias não vem e time não engrena

Willian, atacante do Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

No início do ano, o Cruzeiro alcançou uma sequência de sete vitórias seguidas. O desempenho aconteceu diante de rivais no Campeonato Mineiro e do próprio Atlético-PR, pela Primeira Liga. Porém, depois do estadual e desde que Paulo Bento assumiu o posto de treinador, o clube não conseguiu emplacar uma sequência maior que dois triunfos seguidos. Sempre que o torcedor alimentou grandes expectativas, o time voltou a decepcionar nas partidas seguintes e simplesmente não conseguiu engrenar.