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São Paulo precisa reformular time e luta contra o tempo para ter atacante

O técnico Edgardo Bauza está preocupado com a falta de reforços do São Paulo - Nelson Almeida/AFP
O técnico Edgardo Bauza está preocupado com a falta de reforços do São Paulo Imagem: Nelson Almeida/AFP

Luiza Oliveira

Do UOL, em São Paulo

19/07/2016 06h00

O São Paulo ainda vive as consequências de ser eliminado na semifinal da Libertadores e perder alguns de seus principais jogadores no setor ofensivo. Agora, o clube precisa reformular o time e luta contra o tempo para contratar peças de reposição para o ataque.

A equipe perdeu, em sequência, quatro jogadores importantes no setor ofensivo. O meia Paulo Henrique Ganso foi vendido ao Sevilla e Jonathan Calleri tem contrato até 30 de julho, mas já deixou o clube para agilizar a documentação para os Jogos Olímpicos.

No fim da semana passada, Alan Kardec foi vendido ao Chongqing Lifan, da China, depois de o clube aceitar a oferta de venda de 70% dos direitos econômicos do jogador por 5 milhões de euros (R$ 18 milhões). Recentemente, Rogério também deixou o clube ao ser emprestado para o Sport.

Para o setor por enquanto, o São Paulo só contratou Gilberto, cujo último clube foi o Chicago Fire, dos Estados Unidos. Apresentado no fim da semana passada, ele até jogou o clássico contra o Corinthians no domingo, mas a tendência é que seja apenas reserva.

Mas a diretoria conta com um problema para resolver a questão: o relógio. A janela de contratações internacionais se encerra nesta terça-feira e o clube tem poucas horas para fechar a contratação de um atleta.

O diretor executivo de futebol Gustavo Vieira de Oliveira deve trabalhar até os 45 minutos do segundo tempo para conseguir as melhores condições para o São Paulo como fez no caso da compra do zagueiro Maicon.

Quem aguarda pelas definições ansiosamente é o técnico Edgardo Bauza. O técnico já declarou o interesse em contar com alguns estrangeiros e não esconde sua preocupação com a situação do clube que ainda vive momento financeiro complicado. Hernán Barcos, do Sporting, está na lista, mas ele considera a negociação complicada. O atacante Milton Caraglio, que atua no mexicano Tijuana, é quem está mais perto de chegar.

Incomodado, Bauza coloca em xeque até a continuidade do trabalho se os reforços não vierem. “Já conversei com os dirigentes, se não tivermos um atacante ficará muito difícil. Se não trouxerem os jogadores, vai ser muito complicado continuar, ainda que estejam tentando”, disse, em entrevista ao programa de rádio argentino, Gol de Vestuario. “Se foram quatro jogadores de ataque que eram importantes para a equipe. Temos até amanhã para incorporar um jogador estrangeiro”, finalizou.