Cruzeiro muda perfil e gasta nove vezes mais que na 1ª janela de 2016
A chegada de Denílson cessou as ações do Cruzeiro no mercado da bola. A movimentação da diretoria nos bastidores se encerrou junto com a janela de transferências internacionais do Brasil em 2016, nessa terça-feira (19). Na segunda oportunidade para contratar atletas vindos do exterior, o clube teve um gasto nove vezes superior ao do início do ano.
Entre 20 de junho e 19 de julho, a cúpula buscou seis jogadores e gastou US$ 9 milhões (quase R$ 30 milhões na cotação atual). Contudo, somente dois acordos afetaram o orçamento. As únicas negociações que demandaram investimento foram de Ramón Ábila e Rafael Sóbis.
PVC: DENILSON NÃO É O TIPO DE REFORÇO QUE O CRUZEIRO ESTAVA PRECISANDO; OUÇA
O argentino teve 50% de seus direitos econômicos adquiridos junto ao Huracán por 4 milhões de dólares (cerca de R$ 13 milhões). A outra fatia deve ser comprada em até três temporadas por US$ 3,5 milhões, conforme contrato. Caso ele seja negociado antes do prazo, este percentual deve ser compreendido na tratativa. Rafael Sóbis, por sua vez, custou US$ 5 milhões. O atacante brasileiro defendia o Tigres, do México, e teve 100% de seus direitos adquiridos.
O lateral esquerdo Edimar e o meia-atacante Rafinha rescindiram com Rio Ave, de Portugal, e Al-Shabab, da Arábia Saudita, respectivamente, e não geraram despesas aos mineiros. O lateral direito Ezequiel chegou à Toca da Raposa II também sem custos. Em troca, a agremiação liberará três atletas ao Criciúma, seu ex-clube. Denílson, por sua vez, desembarca em Belo Horizonte por empréstimo. O único gasto da diretoria será com os salários.
Se, nesta janela de transferências, o gasto se aproxima de R$ 30 milhões, no início do ano as cifras foram bem mais modestas. O Cruzeiro buscou sete jogadores em empréstimos gratuitos. Os atacantes Douglas Coutinho e Bruno Nazário, os meio-campistas Federico Gino, Sánchez Miño, Marciel e Robinho e o lateral direito Lucas chegaram nestes moldes.
O volante Lucas Romero também não onerou o orçamento da equipe. Como o fim de seu contrato com o Vélez Sarsfield, da Argentina, estava próximo do fim, não foi necessário pagar por sua liberação. A contratação do lateral esquerdo Bryan ocorreu de maneira muito semelhante à do meio-campista que defenderá a sua seleção nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
O único atleta a demandar gastos também veio da Argentina. Matías Pisano custou US$ 1 milhão (R$ 4 milhões à época) aos cofres cruzeirenses. Além disso, foi abatida uma dívida de US$ 700 mil referente ao empréstimo de Ernesto Farias ao Independiente, ex-clube de Pisano.
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