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Inter repete fórmula de 2010 e faz aposta a curto prazo com Celso Roth

Celso Roth estava desempregado desde agosto de 2015 e assinou até dezembro - Fábio Berriel/Freelancer
Celso Roth estava desempregado desde agosto de 2015 e assinou até dezembro Imagem: Fábio Berriel/Freelancer

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

09/08/2016 06h00

Mergulhado em uma crise que parece não ter fim, o Internacional recorreu a uma fórmula que deu certo seis anos atrás. Tal qual fez em meio a disputa da Copa Libertadores, o clube recorre a Celso Roth para conseguir um objetivo a curto prazo.

Em 2010, a meta era passar pela semifinal diante do São Paulo e levar o título. A taça veio, com duas vitórias em cima do Chivas-MEX. Agora o objetivo é voltar a vencer e eliminar o risco de rebaixamento no Brasileirão.

O plano é dar um choque no vestiário. Injetar ânimo e dar estofo para um elenco jovem, que entrou em uma espiral de erro, falta de confiança e novo erro.  

A negociação com Celso Roth foi rápida e conseguiu fugir de uma exigência cada vez mais corrente no mercado: contrato longo. O treinador topou assinar vínculo de cinco meses sob argumento de que o trabalho em Porto Alegre para recolocá-lo no mercado de vez.

Em 2015, Roth deixou o Vasco depois de 13 jogos e com péssimos números: três vitórias, um empate e sete derrotas. Um ano antes, também não foi bem no Coritiba.

Céu e inferno

Aos 58 anos, Celso Roth já treinou 18 clubes na carreira. Em nenhum deles, contudo, viveu tantas emoções como no Internacional. Foi no Beira-Rio que ele surgiu como treinador emergente, em 1997. Naquele ano, ganhou o Campeonato Gaúcho e terminou como terceiro colocado do Campeonato Brasileiro.

Em 2002, voltou e não foi bem. Deixou o time perto do rebaixamento e ficou conhecido por episódio com o lateral Chiquinho, criado nas categorias de base. Oito anos depois, voltou para acabar com a fama de técnico sem título relevante. Assumiu o Inter na semifinal da Libertadores e faturou a Libertadores.

Em dezembro de 2010, contudo, viveu a pior derrota da história do Inter e da carreira: 2 a 0 diante do Mazembe, na semifinal do Mundial de Clubes, em Abu Dhabi. Apesar da eliminação surpreendente, renovou contrato e iniciou a temporada seguinte. Foi demitido depois da primeira derrota. Ainda naquele ano, foi trabalhar no Grêmio.