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Inter celebra título de 2006 com filho de Fernandão e goleador de 70 anos

Filho de Fernandão, ao centro, abraça Tinga antes de participar de jogo festivo - Marinho Saldanha/UOL
Filho de Fernandão, ao centro, abraça Tinga antes de participar de jogo festivo Imagem: Marinho Saldanha/UOL

Jeremias Wernek e Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

16/08/2016 22h31

Os 10 anos da primeira Libertadores do Internacional foram comemorados com festa e emoção. Nesta terça-feira (16), o Colorado reuniu jogadores de 2006 e atletas de outras épocas para celebrar a campanha histórica. Enzo, filho de Fernandão, foi protagonista da cena mais emocionante. Dadá Maravilha mostrou vitalidade para jogar aos 70 anos.

A presença de Enzo serviu como tributo ao capitão do time campeão da América. Vítima de acidente aéreo em junho de 2014, Fernandão também foi homenageado no telão.

Além de Enzo, a celebração teve gol de Dadá Maravilha. Ídolo da década de 1970, o ex-atacante entrou no segundo tempo e resistiu no gramado por quase meia hora. Perto do fim, ele cobrou pênalti e marcou um dos gols da noite. Ainda teve tempo de dar pedalada e dribles.

Enzo, filho de Fernandão, entra em campo representando o pai em jogo do Inter - Marinho Saldanha/UOL - Marinho Saldanha/UOL
Imagem: Marinho Saldanha/UOL

Nenhuma passagem, contudo, foi mais emocionante do que o lance registrado aos 26 minutos. Enzo recebeu lançamento de Tinga, o impedimento foi marcado e depois cancelado. Com o número nove às costas, ele correu em direção ao gol e chutou fora do alcance de Marcelo Boeck. Jogador das categorias de base do Inter, o filho de Fernandão repetiu feito do pai.

"Fazer um gol onde meu pai fez tantos é muito gratificante. Muito legal. O meu pai contava muitas contas, falava que era muito legal. Espero um dia ser jogador como ele foi", disse Enzo após o jogo.

Ao ser substituído, Enzo assistiu vídeo de Fernandão levantando o estádio após o Mundial de Clubes. No banco de reservas, foi abraçado por Rafael Sóbis e Clemer.

O jogo também teve reprodução de uma cena histórica. Assim como ocorreu na final contra o São Paulo, Tinga marcou gol e na comemoração levantou a camisa. Em 2006, o gesto rendeu expulsão e o vermelho foi repetido. Márcio Chagas, árbitro da partida comemorativa, chamou Tinga de volta para o gramado.