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Ex-diretor do São Paulo faz críticas à atual gestão e condena invasão ao CT

Luiz Cunha foi diretor de futebol entre março e junho deste ano - Érico Leonan/saopaulofc.net
Luiz Cunha foi diretor de futebol entre março e junho deste ano Imagem: Érico Leonan/saopaulofc.net

Do UOL, em São Paulo

30/08/2016 19h09

Luiz Cunha deixou o comando do futebol do São Paulo há quase três meses. Apesar de ter feito parte da gestão atual, ele não poupou os ex-companheiros da diretoria. Para ele,  a crise técnica do time está ligada ao trabalho de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

"O time corre risco (de rebaixamento), mas não temo por isso. Não tenho medo que caia. O rebaixamento não cabe na história do São Paulo. Vivemos em um regime presidencialista, Se as coisas vão bem, exaltamos o presidente. Mas estamos mal e devemos cobrar o presidente", disse Cunha em entrevista à ESPN.

O ex-diretor, porém, condenou a invasão de torcedores ao Centro de Treinamento no último sábado. "O que não pode é torcedor violento, que tem mágoa do time e da própria vida, ir ao campo. Isso não pode acontecer, O jogador não pode ter esse tipo de problema. Não podemos acrescentar mais um problema numa vida tão difícil", explicou.

Cunha, que ficou no comando do futebol profissional por três meses, disse ainda que não voltaria ao clube, apesar de se considerar do mesmo lado da situação. "Não me entregaria novamente de corpo e alma com pessoas que não honram compromissos", disparou.

"Eu tinha um projeto que desenvolvi para o profissional do Sã Paulo. Quando o Leco me chamou, mostrei para ele, que aceitou as minhas prerrogativas. Depois comecei a ficar insatisfeito com algumas coisas e falei para ele. Depois falei que estava infeliz. Falei que implantaria o sistema doa a quem doer. E ele pediu para quem não fizesse isso."

 O dirigente também criticou a postura da diretoria durante a saída do técnico Edgardo Bauza, que acertou com a seleção argentina. "Ficamos chupando o dedo sem treinador e sem uma indenização que nos daria a chance de uma alternativa", frisou Cunha, que deixou o clube após a contratação do meia-atacante Cueva.