Tite e Jesus garantem sossego a Neymar, que supera tabu de quase 2 anos
Desde que assumiu a seleção, Tite não escondeu a preocupação com a responsabilidade excessiva colocada sobre Neymar. As semanas passaram e a sequência de polêmicas envolvendo o craque nos Jogos Olímpicos redobraram a atenção. Neste início de nova fase na seleção brasileira, a ideia era uma só: blindar o camisa 10 e dividir o peso sobre todos, dentro e fora de campo. E o treinador conseguiu, especialmente com a ajuda de Gabriel Jesus.
Em evidência, Tite e o atacante do Palmeiras dividiram holofotes com Neymar e tiraram boa parte da atenção de cima do badalado jogador.
Superando as polêmicas recentes e diante de uma pressão dividida com companheiros, Neymar teve mais tranquilidade. E o resultado foi visto no campo: o atacante marcou nos dois jogos – Equador e Colômbia – e superou um tabu que já durava 22 meses – período que o jogador ficou sem fazer gols em dois jogos consecutivos pela seleção.
A última vez foi entre outubro e novembro de 2014, quando balançou as redes em amistosos seguidos contra Japão e Turquia. Em jogos oficiais, a marca não ocorria desde a Copa das Confederações de 2013 – mais de três anos: jogos contra México e Itália.
Os gritos da torcida, fosse em Quito ou em Manaus, estavam lá. A atenção, no entanto, não era exclusiva para Neymar, como em outras oportunidades. No Equador, Gabriel Jesus roubou a cena com seus dois gols no debute na seleção e a atuação decisiva na vitória que marcou o início da era Tite.
“Fiquei feliz por tudo que aconteceu lá. Trabalho muito para isso. Aqui em Manaus também foi bacana por tudo que aconteceu. Não fiz gol, mas ajudei, o time ganhou e recebi um carinho legal demais”, comentou Jesus.
Também no Brasil, Tite era a grande estrela da partida na Arena da Amazônia. Tietado por todos e até mesmo com o rosto estampando painéis publicitários pela cidade, ele roubou a cena e cativou a torcida. E ficou feliz de ver Neymar um pouco mais preservado para brilhar.
“É desumano colocar uma carga toda sobre ele”, defendia Tite, ao comentar a situação de Neymar. “Ele tem seu papel, esperamos muito dele, mas podemos dividir as coisas. Ele é uma liderança técnica, de grupo, mas existem outros líderes”, explicou o treinador, sempre evitando pressionar o camisa 10.
O desafio de Neymar agora é manter o bom rendimento nessa era Tite e retomar o desempenho da Copa das Confederações de 2013, seu auge na seleção, e marcar pela terceira vez consecutiva. E já há data para isso: o Brasil volta a campo no início de outubro para encarar Bolívia (dia 6) e Venezuela (11) na sequência das Eliminatórias sul-americanas 2018.
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