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Time de Ronaldo nos EUA tem vários medalhões "sumidos" e pentacampeão; veja

Ronaldo posa para foto promocional ao lado de Kléberson e do goleiro Bruno - Reprodução/Instagram
Ronaldo posa para foto promocional ao lado de Kléberson e do goleiro Bruno Imagem: Reprodução/Instagram

Fábio Aleixo e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

10/09/2016 06h01

Um pentacampeão com a seleção em 2002, um brasileiro que vestiu a camisa da seleção italiana e o sucessor de Marcos no gol do Palmeiras. Estes são alguns dos atletas que defendem o Fort Lauderdale Strikers, equipe que tem como um dos proprietários Ronaldo. Dando nome aos jogadores. São eles: o meio-campista Kleberson, o atacante Amauri e o goleiro Bruno.

Mas eles não são os únicos medalhões se aventurando na Flórida. Fazem parte da equipe também o lateral-direito Gabriel e o meio-campista Adrianinho, além de outros brasileiros como Dalton, Geison Moura, Luis Felipe Fernandes e Maicon Santos.

O treinador também é brasileiro. Trata-se de Caio Zanardi, que não dirigiu nenhum grande clube do Brasil e teve mais sucesso no Al-Nasr, time dos Emirados Árabes Unidos, no qual ficou por seis temporadas.

O time não disputa a Major League Soccer (MLS), principal competição nos Estados Unidos. Faz parte da North American Soccer League (NASL), uma liga secundária e que não garante acesso ao torneio mais rico.

O Fort Lauderdales Strikers é uma sequência do Miami FC, equipe que existiu entre 2006 e 2011 até adquirir o nome atual. O clube tem donos apenas brasileiros e patrocinadores do país, como a Guaraviton e Azul Linhas Aéreas. 

"Quando você tem uma diretoria que é brasileira, você tem que estar preparado a qualquer momento para uma cobrança. Então, temos que procurar o nosso objetivo que são as vitórias, atrair o público para os estádios e posteriormente mais patrocinadores”, disse Kléberson, que chegou aos Strikers no começo deste ano e tem contrato até o fim de 2017.

No campeonato atual, os Strikers estão deixando a desejar. Ocupam somente a sétima colocação geral entre 12 participantes. Após 22 partidas, são 28 pontos somados, com sete vitórias, sete empates e oito derrotas. O líder é o New York Cosmos, com 45. 

Kléberson - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Kléberson durante treino do Fort Lauderdale Strikers
Imagem: Reprodução/Instagram

Pelo regulamento, avançam às semifinais o campeão de cada turno e os dois melhores na classificação geral. Em nenhum cenário, os Strikers estão perto da briga pela taça.

"O Ronaldo quer que o clube esteja sempre bem, então ele faz esta cobrança, porque sempre que o nome do Strikers for falado positivamente, o do Ronaldo estará vinculado", contou Kléberson, de 37 anos, ao UOL Esporte.

“O Ronaldo tem uma agenda muito cheia. Ele é sócio do clube, mas ele tem outros projetos. Às vezes quando ele vem com mais tempo livre, vai ao estádio assistir aos jogos. Quando está meio apertado, vem só para um papo com o pessoal da diretoria", completou.

Fazer uma boa campanha também ajudará na popularização do futebol na região e consequentemente atrairá mais torcedores para o estádio, um dos objetivos da diretoria. Recentemente os Strikers deixaram o Lockhart Stadium - uma arena mais antiga - e se mudaram para o Central Broward Stadium, inaugurado em 2007 mas renovado em 2016 e que pode receber no momento até seis mil torcedores. Caso a demanda cresça, esta capacidade pode subir para até 20 mil espectadores.

"A nossa meta para este local novo é de atrair de 5 a 7 mil torcedores e como a gente teve esta mudança há um mês a torcida ainda não se localizou. Como nós estamos perto de Miami as opções são muito grandes, são diversas as opções de lazer. Como os nossos jogos são sempre à 19h30 do sábado, o clube tenta atrair mais os brasileiros, os latinos. O clube está fazendo um trabalho muito grande para que esse número aumente. No Brasil, as pessoas são muito apaixonadas pelo futebol e aqui não. Aqui as pessoas vão para os estádios porque gostam de futebol. O pai gosta de levar o filho dele para ver o jogo e de repente comer uma pizza, comer uma carne, comer alguma coisa. É uma visão bem diferente", disse Kléberson.