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Não é só em campo: Grêmio convive com crise nos bastidores do futebol

Antonio Dutra Jr (segundo da esquerda) e Guerra (direita) vivem conflito - Lucas Uebel/Grêmio
Antonio Dutra Jr (segundo da esquerda) e Guerra (direita) vivem conflito Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

13/09/2016 11h19

Mesmo que negue o termo publicamente, o Grêmio convive com uma crise interna. Uma conversa vazada do diretor de futebol Antonio Dutra Júnior com amigos no Whatsapp foi o ápice da discordância com o vice de futebol Alberto Guerra. Em meio a isso, o time encara sua pior fase no Brasileiro. 

Entre frases reclamando do vice de futebol, a conversa de Dutra em um grupo com outros conselheiros no clube gerou discórdia. Uma das cobranças diz respeito a uma eventual ausência de Guerra no regresso com a delegação após o 4 a 0 contra o Coritiba. Tanto que a reunião da última sexta-feira, além do pedido de Roger Machado para por seu cargo 'em avaliação', serviu para acerto entre as partes. 
 
Enquanto isso, o presidente Romildo Bolzan Júnior nega qualquer tipo de crise. Afirma que as arestas foram aparadas no encontro da última sexta e que todos estão do mesmo lado novamente. 
 
O próprio Dutra confirmou a veracidade da conversa vazada. Mas negou sua influência no campo "Não tem reflexo no futebol, passa longe. Mas é um colegiado e é de forma construtiva. Concordo que tenha sido bem franco, mesmo para terceiros, mas foi para o bem", disse à Rádio Gaúcha. "Eu avalio com tranquilidade. Não é segredo que foi uma derrota inesperada (para o Coritiba). No calor do jogo, muitas coisas foram ditas. Não foi nada que tenha abalado nosso convívio. Na sexta tivemos uma reunião com o presidente Romildo, esclarecemos todas essas questões", completou. 
 
O departamento de futebol do Grêmio é formado por três homens atualmente. Alberto Guerra é o vice, Antonio Dutra Júnior é diretor de futebol e Alexandre Rolim é assessor de futebol. Todos assumiram depois das saídas de Cesar Pacheco e Rui Costa, em maio. 
 
No próximo dia 24, uma eleição renovará parte do Conselho Deliberativo do clube. Em dezembro, o pleito presidencial elegerá o próximo presidente do clube - que agora adota mandatos de três anos. Tudo isso com o Brasileirão se aproximando do fim e o time perdendo contato com o G-4.