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Primeira Liga anuncia seis novos clubes. Presidentes se irritam com CBF

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

13/09/2016 17h41

A Primeira Liga anunciou nesta terça-feira (13) a inclusão de seis novos clubes: Atlético Goianiense, Ceará, Tupi, Luverdense, Londrina e Brasil de Pelotas são os novos membros do grupo que busca lutar por melhores condições em relação ao que já é oferecido pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Apesar de já serem membros desde já, os seis clubes ainda não estarão na competição que será disputada em 2017. No próximo ano, as novidades serão Chapecoense, Joinville e Paraná, que já faziam parte da Liga, mas não disputaram a competição em 2016. Vasco e Botafogo seguem fora do grupo. 

A ideia é que os seis novos clubes entrem a partir de 2018 na tabela e passem a fazer parte das reuniões desde já, como explica o CEO da Primeira Liga, José Sabino.

"O interesse de novas agremiações em fazer parte da Primeira Liga mostra como estamos no caminho certo. Os clubes carecem de participação mais efetiva na organização do futebol brasileiro e isso a Primeira Liga oferece. Tudo é debatido e conversado até que consigamos chegar a um denominador comum. Nosso objetivo é melhorar a estrutura do esporte, e mostrar que os clubes que são os principais protagonistas do futebol devem assumir um papel decisivo na gestão do futebol. Isso vai permitir um maior retorno financeiro para os clubes e consequentemente mais investimentos para o futebol brasileiro", disse ele em comunicado distribuído por e-mail.

Além dos seis novos clubes, a Primeira Liga conta com América-MG, Atlético-MG, Cruzeiro, Atlético-PR, Coritiba, Paraná, Chapecoense, Criciúma, Avaí, Figueirense, Joinville, Fluminense, Flamengo, Internacional e Grêmio.

Presidentes irritados com a CBF

Os representantes da Primeira Liga estão irritados com o que chamam de descaso da CBF com o pedido de inclusão das próximas assembleias gerais de clubes.

Depois de elaborarem um documento usando a Profut como base para exigir participação nas reuniões, os clubes ainda não ouviram nenhuma resposta da entidade que comanda o futebol do país. 

A CBF havia prometido uma resposta aos clubes, que foram pessoalmente à sede para entregar o documento. Na ocasião, clubes que não fazem parte da Primeira Liga, como o Santos, engrossaram o coro das reclamações. 

O grupo protestou em reunião nesta terça-feira em Brasília e prometeu novos encontros para estudar novas medidas.  A capital foi escolhida para sediar o encontro, inclusive, em virtude de uma audiência publica na Câmara dos Deputados sobre a nova Lei.  

O relator da Lei do Profut, Otávio Leite, já recomendou até vias judiciais para que os clubes tenham direito a participar das assembleias.