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Esloveno Aleksander Ceferin é eleito novo presidente da Uefa

Aris Messinis/AFP
Imagem: Aris Messinis/AFP

Do UOL, em São Paulo

14/09/2016 06h20

O esloveno Aleksander Ceferin foi eleito o novo presidente da Uefa nesta quarta-feira em eleição realizada durante o Congresso da entidade em Atenas, na Grécia. Ele superou o holandês Michael van Praag por 42 votos a 13 e será o sucessor de Michel Platini no comando do futebol europeu.

O cargo estava vago desde maio, quando Platini não conseguiu reverter a suspensão de quatro anos imposta por acusações de corrupção. Ceferin foi eleito para exercer a presidência da entidade até março de 2019, quando estava prevista a saída do francês.

Com 48 anos, Ceferin presidia a federação eslovena desde 2011. Advogado, ele é dono de uma das maiores empresas do ramo em seu país e prometeu uma administração realista e transparente à frente da Uefa,   

"Algumas pessoas podem ter dito que eu não sou um líder. Você pode dizer que eu sou jovem e inexperiente, mas eu sinceramente acho que é desrespeitoso para todos os presidentes de pequenas e médias federações que a cada ano tem que fazer mais com menos", disse.

"O que eu sei é que eu sou um jogador da equipe, um homem de convicções, um homem apaixonado e um homem de palavra. Eu não sou um showman e eu não sou um homem de promessas irrealistas ", completou, antes citar um "vento de mudança", em inglês "wind of change", uma citação a uma música do grupo alemão Scorpions.

Ceferin recebeu os votos do antigo bloco de países do leste europeu e das pequenas nações em um momento em que os grandes clubes europeus tentam aumentar seu domínio e fazer com que seus interesses prevaleçam no futebol continental.

"Devemos parar com a política, conspirações, falta de transparência e interesse próprio. É o futebol em primeiro lugar", afirmou o novo presidente, que conseguiu uma ampla vantagem sobre o holandês de 68 anos na eleição que contou com a presença das 55 federações com poder de voto na entidade.

A presidência da Uefa estava sendo exercida temporariamente pelo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Ángel María Villar. O dirigente retirou sua candidatura no último mês.

O presidente eleito, Michel Platini, foi suspenso pela justiça interna da Fifa por quatro anos de qualquer atividade ligada ao futebol, por "abuso de posição e conflito de interesses" no caso de um polêmico pagamento de 1,8 milhão de euros por parte de Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, para um trabalho de consultoria com base em um contrato verbal. Em maio, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) confirmou a punição, deixando o francês sem saída.

Com informações da agência AFP.