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Nobre deve anunciar 1º vice como candidato à sucessão nesta segunda

Maurício Galiotte deve ser a aposta de Paulo Nobre como candidato à eleição de novembro - Cesar Grego/Ag. Palmeiras
Maurício Galiotte deve ser a aposta de Paulo Nobre como candidato à eleição de novembro Imagem: Cesar Grego/Ag. Palmeiras

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

19/09/2016 06h00

Enquanto no dia a dia se prepara em campo para as disputas do Brasileiro e da Copa do Brasil, o Palmeiras vive um período de transição fora das quatro linhas. Nesta segunda-feira, o atual presidente Paulo Nobre deve anunciar Maurício Galiotte como candidato à sucessão ao cargo mais importante da diretoria palestrina.

Depois da vitória por 2 a 0 sobre o arquirrival Corinthians, em Itaquera, Paulo Nobre evitou qualquer comentário sobre a indicação de Galiotte ao posto de candidato à presidência. Contudo, fez uma promessa ao ser perguntado sobre quando anunciaria o sucessor.

“Vamos esperar segunda-feira para eu poder fazer o anúncio para vocês”, limitou-se a dizer o presidente palmeirense.

Apesar de todo o mistério, o nome do vice-presidente do clube apresenta-se como o principal favorito para representar a situação palmeirense. O pleito está marcado para o próximo mês de novembro.

Pessoas ligadas ao clube relataram ao UOL Esporte que Genaro Marino, 2º vice do clube e outro nome cogitado para concorrer sob a benção de Paulo Nobre, já fora avisado pela preferência por Galiotte para liderar o grupo na próxima eleição.

Maurício Galiotte é o primeiro vice direto de Paulo Nobre e possui como um dos trunfos a relação mais próxima com a Crefisa e a FAM (Faculdade das Américas), principais patrocinadoras e com quem o clube conviveu com atritos nos últimos meses.

Dois casos exemplificam a dificuldade na relação entre as duas partes. No início do ano, uma ação do programa de sócios-torcedores Avanti, sem a consulta da patrocinadora, irritou o casal José Roberto Lamacchia e Leila Pereira, donos das empresas.

Maurício Galiotte Cuca Alexandre Mattos - Cesar Greco/Ag. Palmeiras - Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

A consequência veio no bolso, com três meses de pagamentos bloqueados por parte do grupo empresarial. A Crefisa exigiu a presença de aditivos no contrato, e retomou a parceria financeiramente somente após esta renegociação.

Outro caso que irritou a patrocinadora ocorreu com Zé Roberto. Os donos da empresa se incomodaram com o fato de o veterano conceder entrevista sem a camisa do clube, o que excluiu a exibição da marca para a televisão. O camisa 11 pediu desculpas pelo ocorrido.

Em meio a este ambiente turbulento, Maurício Galiotte se aproximou para apaziguar o clima. A presença dele como presidente do Palmeiras, caso seja confirmado e eleito, aparece como um fator fundamental para a Crefisa renovar o vínculo – o contrato atual de R$ 66 mi vale até o final do ano.

Eleição ‘trava’ planejamento para 2017

De certa forma, a indefinição na presidência palmeirense tem segurado o planejamento para a próxima temporada. Embora, internamente, algumas ações correspondem ao futuro palmeirense, os planos concretos dependem diretamente do novo presidente.

“Estamos fazendo o Palmeiras de hoje e do futuro há algum tempo, independente do que aconteça; mas precisamos esperar a eleição presidencial e aí sim entender o que o próximo presidente quer, quando as coisas estiverem concretas”, declarou o dirigente, em conversa com o UOL Esporte após o clássico do último sábado.

Entre as decisões dependentes do resultado da eleição se encontra a renovação do técnico Cuca, que possui contrato somente até o final desta temporada. 

Parte do planejamento, contudo, faz parte do trabalho deste final de temporada, como exemplificou Mattos à reportagem.

“Obvio que, internamente, a gente já vem fazendo o planejamento de 2017 e 2018. Jogadores com contratos maiores, outros que eram emprestados e compramos, como o Vitor Hugo. O Mina, por exemplo, veio por cinco anos de contrato”,  declarou.