Vice de Nobre é confirmado como único candidato à presidência do Palmeiras

A eleição para a presidência do Palmeiras (biênio 17/18), marcada para novembro, contará com apenas um candidato. Na noite desta sexta-feira encerrou-se o prazo para as inscrições das chapas, e apenas Maurício Galiotte, primeiro vice-presidente dos quatro anos da Era Paulo Nobre, concorrerá ao cargo mais importante da diretoria palestrina.

A informação foi confirmada pelo UOL Esporte pela secretaria geral do clube. Os postulantes poderiam registrar candidaturas até as 18h (de Brasília) desta sexta-feira.

A confirmação da chapa-única no pleito ressalta o diferente momento vivido pela política do Palmeiras. O grupo UVB (União Verde Branca), principal oposição ao mandato de Paulo Nobre, optou na noite da última quinta-feira por elogiar Maurício Galiotte e abdicar de um enfrentamento direto na eleição.

Qualquer outro grupo poderia se articular para lançar uma chapa; o conselheiro Vicente Críscio surgiu como alternativa, mas desistiu de entrar na disputa.

A descrença de um conselheiro com pouco apoio – teria menos de 24h para ganhar força - passar no crivo do Conselho Deliberativo gerou apenas a inscrição de Maurício Galiotte.

Agora, a chapa de Maurício Galiotte precisa da aprovação de 15% dos conselheiros deliberativos do clube, última etapa antes da eleição aos associados, marcada para meados de novembro.

Na chapa, Maurício Galiotte terá as companhias de Genaro Marino (primeiro vice), Antonino Jesse Ribeiro (segundo vice), Victor Fruges (terceiro vice) e José Carlos Tomaselli (quarto vice).

Quem é Maurício Galiotte?

Galiotte, 47 anos, ganhou espaço no Palmeiras no ano de 2013, quando venceu a eleição para primeiro vice de Paulo Nobre; o agora postulante à presidência segue no cargo até o fim da atual gestão. Como braço-direito, ganhou responsabilidades e a confiança para liderar a chapa da situação para a eleição.

Segundo relatos de pessoas ouvidas pelo UOL Esporte, o provável candidato único à eleição do Palmeiras possui boa relação com os dois lados políticos do clube. Galiotte é visto como alguém de 'fácil diálogo'  e 'acessível' durante o período de quatro anos nos quais exerceu o cargo de vice-presidente.

Além do relacionamento cordial com os grupos políticos – apesar de, internamente, conselheiros da situação se mostrarem reticentes com o relação até certo ponto ideológica do vice com o ex-presidente Mustafá Contursi -, Maurício assumiu um importante papel de apaziguador, especialmente no trato com a Crefisa.

O agora candidato da situação era destinado por Paulo Nobre a resolver a relação com Leila Pereira e José Roberto Lamacchia, donos da patrocinadora. A renovação do compromisso, com fim marcado para dezembro, é vista como uma situação diretamente ligada à eleição de Galiotte.

Toda a análise sobre o perfil do candidato da situação, contudo, possui ponderações. O grande questionamento é se Maurício Galiotte manterá esta postura apaziguadora em caso de vitória no pleito; afinal, a pressão do cargo exigirá muito mais.

Embora candidato, Maurício ainda pondera uma participação mais direta no planejamento para a temporada 2017. Não há, por exemplo, uma conversa direta sobre a continuidade de Cuca no comando técnico em caso de vitória no pleito – ainda mais garantida no caso de uma chapa única.

Em relação ao elenco, Maurício Galiotte testemunha de perto o trabalho do dia a dia. Semanalmente, o vice-presidente comparece aos treinamentos na Academia de Futebol e conversa com os profissionais no CT palmeirense.