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Inter paga bolada a treinadores demitidos durante sua crise

Paulo Roberto Falcão treinou o Inter por cinco partidas. Contrato ia até 2018 - Jeremias Wernek/UOL
Paulo Roberto Falcão treinou o Inter por cinco partidas. Contrato ia até 2018 Imagem: Jeremias Wernek/UOL

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

03/10/2016 06h00

A luta do Internacional contra o rebaixamento ainda não terminou, mas já cobra seu preço. Em seu terceiro técnico na temporada, o clube gaúcho foi obrigado a desembolsar uma bolada para pagar a rescisão de Argel Fucks e Paulo Roberto Falcão. A dupla foi procurada e acertou o recebimento dos valores. A conta chega perto de R$ 2,5 milhões.

Argel foi demitido em julho e tinha contrato até dezembro. O vínculo longo, com multa rescisória, foi um de seus pedidos em 2015 – ao largar o Figueirense e ir para o Beira-Rio. O desligamento antes do fim do prazo rendeu multa de quase R$ 500 mil.
 
Falcão passou por uma situação surreal. Contratado após a saída de Argel, o ‘Rei de Roma’ ficou apenas 27 dias no cargo. E mais: só assinou o contrato dois dias antes da demissão.
 
Demitido na segunda-feira, e contratado na letra fria da lei no sábado anterior, o ex-camisa 5 tinha vínculo até julho de 2018. O longo período rendeu uma indenização bem maior que a do antecessor, cerca de R$ 2 milhões.
 
Celso Roth, contratado após a queda de Falcão, tem vínculo até dezembro. Com salário na casa de R$ 250 mil e sem multa rescisória. O negócio fora dos padrões do treinador, historicamente conhecido por ser bom negociador e duro em suas pedidas, foi possível pelo apelo do departamento de futebol. O treinador também topou ao ser convencido da chance de voltar ao cenário nacional – o último trabalho havia sido no Vasco, em 2015.