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Ausência em festa agrava críticas a presidente do Corinthians por omissão

Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians
Imagem: Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians

Danilo Lavieri e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Paulo

04/10/2016 06h00

Em um momento de crise, Roberto de Andrade precisava estar mais presente no dia a dia do Parque São Jorge. Essa é a opinião de parte do Conselho e até de diretores do Corinthians que conversaram com a reportagem. A posição passou a ser disseminada desde a ausência do presidente na festa de aniversário do próprio clube, na última sexta-feira (30).

Em meio a um momento com o time fora até do G-6 e sem um treinador efetivo, o cartola é bastante pressionado para tomar soluções que garantam a equipe na Copa Libertadores do ano que vem. Por isso, até pequenos detalhes passam a jogar contra ele.

Um bom exemplo é que conselheiros criticam o fato de Roberto despachar os documentos e as decisões diretamente de sua concessionária, onde ele trabalha.

O presidente não deu entrevista, mas explicou ao UOL Esporte que não foi à festa de aniversário do clube porque sua mãe teve problemas de saúde que o fizeram passar a noite no hospital. Além disso, disse não ver problemas em fazer reuniões fora da sede do clube, desde que os problemas estejam sendo resolvidos e lembra que tem uma vida pessoal para dirigir. Andrés Sanchez, por exemplo, conseguiu tirar licença de sua vida privada para se dedicar exclusivamente ao clube.

Além da ausência no clube e da demora para a contratação de um treinador, Roberto é criticado por ter deixado vários departamentos do futebol abandonados, sem a devida substituição de profissionais, como já havia mostrado o UOL Esporte.

Nessa linha, o presidente é criticado por não dar a atenção necessária ao projeto de 2017, especialmente por não saber quem será o comandante. Em resposta, Roberto mostra que já fechou o primeiro reforço da próxima temporada: Luidy, revelação do CRB. Para o comando, trabalha com os nomes de Eduardo Baptista e Oswaldo de Oliveira, mas prega calma na decisão.

O que deixa Roberto sem resposta até agora é a falta de um acordo pelo naming rights de sua arena. A verba que não entra com essa propriedade dificulta ainda mais a já difícil vida financeira do clube. Também no aspecto financeiro, o clube se preocupa com a falta de uma solução no novo prazo de financiamento do estádio.