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Jogadores são obrigados a treinar com mulheres por ofensas machistas

O goleiro Tomas Koubek desculpou-se por dizer que lugar de mulher é na cozinha  - AP Photo/Petr David Josek
O goleiro Tomas Koubek desculpou-se por dizer que lugar de mulher é na cozinha Imagem: AP Photo/Petr David Josek

Do UOL, em São Paulo

04/10/2016 15h41

Dois jogadores do Sparta de Praga, o goleiro Tomas Koubek e o meio-campista Lukas Vacha, foram obrigados pelo clube a treinar com a equipe feminina depois que eles insultaram uma árbitra assistente dizendo que “as mulheres devem estar na cozinha”.

A ofensa machista aconteceu após a partida contra o Zbrojovka Brno, empate por 3 a 3, no fim de semana passado. Os jogadores do Sparta acharam que a árbitra assistente, Lucie Ratajova, havia errado ao não marcar impedimento no lance do gol de empate.

Revoltado com o suposto erro, o goleiro Koubek disse que “as mulheres devem estar na cozinha e não apitando uma partida de homens”. O meia Vacha seguiu a mesma linha de argumentação de seu colega.

“Os jogadores treinarão vários dias com nossas equipes femininas para que se deem conta que as mulheres podem ser valiosas não só na cozinha”, afirmou o diretor-geral do Sparta, Adam Kotalik, ao diário Lidove Noviny.

O presidente da federação de futebol do República Tcheca, Miroslav Pelta, também se pronunciou qualificando os depoimentos como “inaceitáveis”.

Diante da punição e da repercussão do caso, os dois jogadores se desculparam publicamente e disseram que se deixaram levar pela emoção no momento das declarações.

“Um erro em Brno [cidade em que aconteceu a partida] causou uma grande quantidade de emoções. Imediatamente depois da partida disse algo que me entristece e pelo que eu gostaria de pedir desculpas a todas as mulheres”, escreveu o goleiro Koubek em sua conta de Facebook.