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Brasileiro foi cobiçado pelo Bayern. Hoje, é só 3ª opção de novo técnico

Facebook/Junior Caiçara
Imagem: Facebook/Junior Caiçara

Bruno Doro

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/10/2016 06h00

Confiança de técnico é tudo no futebol. Que o diga o lateral direito Júnior Caiçara. Ele foi um dos destaques do Schalke 04 na temporada passada. Rápido e ofensivo, foi um dos melhores jogadores da equipe na campanha que terminou com o quinto lugar na Bundelisga 2015/2016.

Suas atuações foram tão boas que ele chegou a chamar atenção do Bayern de Munique. O campeão alemão procurava um jogador para o elenco, já que Rafinha era o titular da lateral e Lahm vinha sendo usado no meio-campo. Saída do técnico espanhol Pep Guardiola, porém, fez o veterano alemão voltar para os lados do campo e o plano foi engavetado.

Não seria um problema para Caiçara não fosse a mudança de técnico de seu próprio clube. O quinto lugar para o Schalke, dono de uma das maiores torcidas da Alemanha, foi pouco, e Andre Breitenreiter acabou demitido. O novo comandante, Markus Weinzierl, porém, não era um fã do brasileiro. “Ele conversou comigo e disse que queria jogadores mais defensivos para a lateral”, conta o ex-jogador do Santo André.

Com isso, Caiçara ficou atrás na lista de dois alemães. O titular é Benedikt Howedes, zagueiro de origem e que, na pré-temporada, chegou a declarar que queria jogar no miolo da defesa, não nas laterais. O reserva é o veterano Sascha Riether, de 33 anos, que só jogava na temporada passada quando o brasileiro não podia entrar em campo.

“É uma situação difícil. Jogador nenhum gosta de ficar parado. Eu sou a terceira opção e nem mesmo para o banco eu vou. Hoje, mesmo, saiu uma reportagem dizendo que eu sou muito caro para não ser nem mesmo relacionado. E, sabe, eu concordo. Não adianta ficar e não jogar”, desabafou o jogador, na Alemanha desde julho do ano passado.

Outro brasileiro, o zagueiro Naldo, não sofreu com o novo técnico. Ex-jogador da seleção, ele é titular da zaga ao lado do sérvio Nastasic. “O Naldo é um companheiraço. Ele me dá muitos conselhos. Está há 11 anos na Alemanha e está me apoiando. Aliás, o elenco todo está me apoiando. Alguns dizem para aguentar, outros que o melhor caminho é sair. Eu anda não decidi o que fazer”, completou.

Para o brasileiro, resta esperar. Até a janela do fim do ano – segundo os jornais alemães, clubes ingleses têm interesse em seu futebol (com passaporte búlgaro, ele não teria problemas de visto). Ou até a troca de comando: com Weinzierl, o Schalke é só o 16º colocado do Campeonato Alemão, na zona de rebaixamento.