Presidente do Corinthians: Lava-Jato não atrapalha venda de naming rights
O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, não vê risco de envolvimento entre o estádio do clube e a Operação Lava-Jato, o que poderia complicar ainda mais a negociação de venda dos naming rights da construção.
Em março de 2016, o vice-presidente do clube, André Luiz de Oliveira, foi preso em flagrante por porte ilegal de armas. Na ocasião, André Negão - como é conhecido - era suspeito de receber R$ 500 mil em propinas da Odebrecht, empreiteira responsável pela construção da Arena Corinthians.
"Eu não temo nada, muito pelo contrário. Estou à disposição para resolver. Se aconteceu (envolvimento), o Corinthians é vítima", afirmou Roberto de Andrade, em entrevista nesta terça-feira ao canal de TV por assinatura ESPN Brasil.
Segundo o dirigente, o Corinthians contratou o estádio construído pela Odebrecht para a Copa do Mundo. Desta forma, o investimento na construção não teria sido feito pelo Corinthians, mas pela empreiteira - o que isentaria o clube de responsabilidade no orçamento da construção da arena.
"Se isso (envolvimento com a Lava-Jato) acontecer, e eu não posso afirmar, o Corinthians é vítima também. Eu já me pronunciei mais de uma vez, mas vou me pronunciar de novo: eu, Roberto de Andrade, pessoa física, estou à disposição. Eu não fui procurado por ninguém, o Corinthians não foi procurado por ninguém. (André Negão) prestou depoimento, acharam o nome dele em uma lista com um valor, ele negou e foi liberado", explicou.
Roberto de Andrade afirmou que a possibilidade não atrapalha a negociação dos naming rights da Arena Corinthians. Entretanto, admitiu a dificuldade de acertar a venda com alguma empresa - entre outros motivos, pelo momento econômico atual do Brasil.
"Não deu nada errado, mas não conseguimos vender. Você acha que eu não quero vender? O problema não está com o Corinthians; está com as empresas que não querem fazer o investimento", afirmou o presidente do Corinthians.
"Uma empresa que venha colocar o nome no estádio não pode ser uma empresa qualquer; tem que ser uma empresa grande. Não pode ser empresa de varejo (por motivos de rejeição). O problema não está no Corinthians. Eu estou trabalhando nisso desde o primeiro dia que eu cheguei. Nem sei quantas reuniões eu já fiz com interessados", completou.
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