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Celso Barros diz que estádio do Flu é promessa para "enganar torcedor"

Bernardo Gentile/UOL
Imagem: Bernardo Gentile/UOL

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

16/10/2016 06h00

O período de eleições tem rendido promessas de campanha e os projetos para a construção do estádio próprio é o que mais despertou interesse dos torcedores. Foi o que propuseram os candidatos Pedro Abad e Mário Bittencourt. Um concorrente, porém, não ficou nada satisfeito com isso e fez duras críticas.

Ex-presidente da Unimed Rio, que patrocinou o Fluminense por dez anos, e um dos candidatos para presidir o clube, Celso Barros não aprovou o fato de os candidatos terem utilizado o período para falar em construção de estádio. Segundo ele, essas promessas servem apenas para enganar o torcedor.

Além disso, Barros revelou ter se encontrado com o vice-presidente de projetos especiais do Fluminense, Pedro Antônio, responsável pela construção do centro de treinamento na Barra da Tijuca, mesmo local dos projetos de estádio até o momento. Segundo Celso, o dirigente não se mostrou muito empolgado com o próximo desafio.

“Acho fantástica essa história de estádio. Mas almocei com o Pedro Antônio na quinta e ele falou que um estádio desse naquela área [Barra da Tijuca] demora três anos para começar a obra. Depois de iniciada, mais três anos para ficar pronto. É um projeto de no mínimo seis anos. Se houver viabilidade para começar, tudo bem”, disse Celso Barros ao UOL Esporte.

“A construção de um estádio está estimada em torno de R$ 400 milhões. Se o Fluminense ainda não conseguiu pagar sequer o centro de treinamento que é R$ 30 milhões... fazer essas promessas é querer enganar o torcedor nesse momento. É uma ideia excelente, mas precisa de estudo de viabilidade que permita construir o estádio. Se houver isso, vamos tocar a pedra inicial disso. Mas pelo o que o Pedro me falou, um cara que tem ampla experiência nisso, seria bem complicado esse projeto”, concluiu o candidato à presidência do Flu.

Aliança com Pedro Abad?

Sempre existe a possibilidade de fazer uma aliança, mas minha candidatura está na rua, lançada. Se Deus quiser vamos ganhar essa eleição no dia 26 de novembro. Mas estamos abertos para conversar sem nenhum problema.

Aliança com a diretoria que tanto criticou no fim da parceria?

Isso é questão de momento. Tinha uma mágoa naquele momento, mas acho que é possível sentarmos com todos e buscarmos um caminho de unidade para o Fluminense, que precisa disso. Como todos os clubes e a situação financeira do país é muito difícil, então acho que se houver condição de unir todo mundo, é possível juntar todo mundo. Evidentemente, pelos anos que tenho de Fluminense, não abro mão de ser presidente. Esse é o caminho e vamos até o final, mas abertos a possíveis composições.

Seria um bom presidente?

Prometo mesmo empenho, mas com uma ação diferente. Quando estive no clube era presidente da patrocinadora. Mas o mesmo empenho, mesma luta. Temos hoje um conhecimento muito bom de futebol e vamos fazer times fortes para brigar por todos os títulos. Hoje estamos em 6º lugar e vamos torcer por esse presente de pegar o time na Libertadores. Seria muito bom.

Uso da máquina por parte da situação?

O presidente roubou a possível cena do candidato ao anunciar o projeto do estádio no lançamento da candidatura do Abad. Ele ofuscou o candidato naquele momento. E agora surgiu essa situação de que parece que o Abad não poderá ser o presidente do Fluminense [por ter cargo na Receita Federal]. Ele não pode assinar balanço, nem nada. É uma situação muito difícil. Vai passar tudo para um procurador? Precisa ser estudada e eles esconderam isso. Já tinham esse parecer há algum tempo.

Você fará alguma coisa sobre esse assunto?

Vamos observar, mas inicialmente nos posicionamos de forma contrária a isso. Não vi nenhuma manifestação do candidato sobre isso. Acho complicado a situação. Vamos ver.

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