Topo

STJD critica comunicação de juiz e vê "elemento robusto" por interferência

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

16/10/2016 13h31

Depois da reportagem exibida pelo Esporte Espetacular da TV Globo neste domingo (16) em que é feita a leitura labial da confusão no final da partida entre Flamengo e Fluminense na última quinta (13), o presidente do STJD, Ronaldo Piacente, criticou o que aconteceu em campo durante os 13 minutos de paralisação do clássico após o vídeo da televisão ser exibido.

“Não deve haver esse tipo de comunicação, isso não pode. O árbitro não tem que falar assim, como aparece. Mas precisamos analisar. Interferência. A palavra a ser analisada é essa. Os árbitros precisarão se explicar. Vamos querer ouvir todos. Por que mudaram a decisão? O que levou a isso? Quando? Por que se comunicaram? Tudo isso", contou Ronaldo Piacente.

A TV Globo mostrou o inspetor de arbitragem Sérgio Santos entrando no gramado e falando com Sandro Meira Ricci após o árbitro ser pressionado a validar e a não validar o gol marcado por Henrique no final do jogo contra o Flamengo. O gol do Fluminense deixaria o duelo empatado. A leitura labial mostra Sérgio Santos a Sandro Meira Ricci: "A TV sabe. A TV sabe que não foi". 

Piacente voltou a falar em cautela, o que vinha pregando em entrevistas dadas após o jogo. "O caso será analisado com muita cautela. Preciso ouvir todos. Entender tudo que aconteceu ali. Não pode haver aquela situação [conversa com o inspetor]. Ele só pode falar com o assistente", disse.

Na última sexta, Piacente havia dito ao UOL na última sexta (14) que era necessário um “elemento robusto” provando a interferência externa para que a partida seja anulada, como foi pedido pelo Fluminense depois do episódio envolvendo o árbitro Sandro Meira Ricci.

“A coisa está caminhando. Já é diferente de sexta, temos uma nova situação. Com certeza temos elementos mais robustos", explicou.

“É necessário tratar com muito cuidado, não podemos errar. É a questão como um todo, não só o fato de estar impedido ou não. Tem uma regra. Ela não foi cumprida? Vamos ver. Há ainda princípio da moralidade, a questão do fair play. Até que ponto é moral um gol impedido ser validado? Mas até que ponto podemos admitir a comunicação? Seria um erro também. Tudo isso precisa ser levado em conta”, disse.

O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva ainda falou que o árbitro Sandro Meira Ricci já está sendo avaliado. “E o caso vai além. Já vamos abrir procedimento contra o árbitro, que não relatou as coisas na súmula. E estamos estudando a denúncia de todo o pessoal que invadiu. Muita gente que não era para estar ali. Tinha gente com dedo em riste, ameaçando, brigando. Vamos à frente com o caso”.

Quer receber notícias do Fluminense de graça pelo Facebook Messenger? Clique AQUI e siga as instruções.