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Oswaldo abafa reações negativas e busca G-6 para validar voto de presidente

Oswaldo de Oliveira vive emoções distintas em terceira passagem pelo Corinthians - Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians
Oswaldo de Oliveira vive emoções distintas em terceira passagem pelo Corinthians Imagem: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

22/10/2016 06h00

A volta ao Corinthians tem sabor de passado para Oswaldo de Oliveira, que utiliza a seu favor a história construída no Parque São Jorge.

Se gerou reação negativa entre torcedores e dirigentes corintianos a escolha do presidente Roberto de Andrade por ele há uma semana, fato é que Oswaldo em um primeiro momento conseguiu reverter parte da impressão ruim. Eliminado da Copa do Brasil, porém, ele precisará colocar a equipe na Copa Libertadores de 2017. O primeiro compromisso, no domingo, é diante do vice-líder Flamengo na reabertura do Maracanã, que promete estar lotado. 

Nos primeiros contatos com jogadores e funcionários do clube, Oswaldo conseguiu deixar ótima impressão. Os elogios ao treinador vão desde à capacidade de discurso no vestiário até a liberdade dada aos demais membros da comissão técnica, como Fábio Carille, auxiliar que tem comandado atividades no gramado. O novo chefe também tem buscado conversar individualmente com alguns atletas, como o goleiro Cássio, agora reserva. 

Para Oswaldo, o regresso para o clube em que trabalhou com sucesso, em 2000, e sem brilho, em 2004, tem sido de emoções. Ao abraçar o supervisor André Dias, filho de um antigo funcionário corintiano, o motorista Paulinho, o treinador foi às lágrimas em seus primeiros dias no CT Joaquim Grava. Com Fernando Lázaro, analista de desempenho e filho do ex-lateral Zé Maria, ele brincou: "era um menino gordinho quando eu cheguei aqui". 

Em entrevistas, o treinador que ganhou apoio de corintianos ilustres como Basílio, Marcelinho Carioca e Luizão, tem por hábito se referir a histórias dos tempos mais antigos de clube. Na última terça, Oswaldo citou uma brincadeira recorrente com o ex-atacante Dinei. Em 1999, antes de enfrentar o Palmeiras na Copa Libertadores, o jogador cobrou 17 penalidades e acertou todas. Na disputa pra valer, porém, Dinei errou. O fato se tornou motivo para lamentações e sorrisos a cada reencontro entre eles. 

Se conseguiu deixar impressão positiva nos primeiros contatos, Oswaldo sabe que só os resultados poderão manter o viés. Eliminado da Copa do Brasil, o Corinthians sofreu quatro gols em um mesmo jogo, o que não ocorria desde a temporada 2014. Além disso, faz campanha ruim no returno do Brasileirão, e precisa de 12 pontos em 21 em disputa para terminar entre os seis primeiros - assim, estaria na Copa Libertadores de 2017. 

Para enfrentar o Flamengo no domingo, o penúltimo clube em que trabalhou, o treinador novamente não tem muito tempo em campo à disposição. Na última sexta, os jogadores titulares realizaram apenas uma atividade de recuperação na academia e só vão ao gramado neste sábado.