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Emily promete futebol moderno na seleção feminina e quer estágio com Tite

Emily quer fazer estágio com Tite

UOL Esporte

Do UOL, em São Paulo

03/11/2016 11h21

A nova técnica da seleção feminina de futebol, Emily Lima, falou pela primeira vez após assumir o cargo e explicou como será o seu estilo de jogo e que espera fazer estágio com Tite. O primeiro desafio de Emily será em dezembro, pelo Torneio Internacional de Manaus.

Emily ressaltou o desejo de estagiar com o técnico Tite. "Uma das perguntas foi se eu poderia trocar ideias com o Tite. Eu já vinha pensando isso. Comentei com a Valeska que trabalha aqui, quando ele estava no clube, que eu gostaria de estagiar com ele. Hoje mais próximo, espero que aconteça. Vai engrandecer muito o meu trabalho", contou.

Técnica quer implementar futebol moderno

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Sobre seu estilo de jogo, a treinadora prometeu um futebol moderno na seleção feminina. "Eu venho com uma missão de fazer tudo diferente do que eu vivi em 25 anos no futebol. Eu trago o melhor e mais moderno para a CBF. Tenho que pensar muito bem o modelo de jogo que vou usar. No clube eu tinha algumas peças que tinha que me adaptar. Hoje aqui eu devo convocar as melhores atletas. Dentro disso que vou procurar fazer um jogo muito ofensivo, a princípio com duas linhas de 4. No começo é melhor assim para não inventar muita coisa e fugir do padrão", analisou. 

Sobre o novo ciclo olímpico, Emily explicou sobre renovação da seleção, mas citou jogadoras que ela aposta que podem ajudar o time mesmo com a idade mais avançada. “A Cristiane também. Eu apostaria que a Formiga aguentaria também. Há 20 anos eu joguei com ela e ela continua igual. Eu quero conversar com ela. Eu ainda apostaria que daria para trabalharmos juntas nesse ciclo. Eu acredito nas meninas mais novas. Apostar na renovação, mas com cautela e calma”. 

Emily explicou que conversou com o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que pediu trabalho à treinadora. "O papo foi ótimo. O teor da conversa, resumindo foi trabalho. Trabalho, trabalho, trabalho”. 

Confira outros trechos: 

Machismo no futebol: 

“Eu acho que é a cultura do nosso país que é machista, mas estamos quebrando barreira. Eu vou valorizar o que o presidente tá fazendo. É muita coragem colocar uma mulher à frente de uma seleção principal e eu tenho responsabilidade com a minha equipe para que a gente possa ir quebrando isso aos poucos”. 

Emily fala sobre o machismo no futebol

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Como foi o convite para a seleção: 

"Foi muita surpresa em um momento que tinha acabado de perder o título da Copa do Brasil. Foi uma prata que está valendo ouro. Na quinta eu fiz a final da Copa do Brasil e recebi uma ligação do Marco Aurélio Cunha e duas horas depois o presidente me ligou. É uma surpresa que te tira do chão. Só tenho que agradecer não só por estar aqui nesse momento, não posso esquecer de todas as atletas e clubes que me deram a oportunidade de mostrar o trabalho. Tenho que agradecer por ter o entendimento. As atletas tiveram entendimento do que passei e isso me fez ter conquistas como treinadora para que eu chegasse aqui".

O que pode mudar por ser a primeira mulher na seleção:

“Eu acho que a gente tem que estar capacitado ao cargo que está sendo proposto. É claro que vou ter relação diferente com as meninas. A gente usa a psicologia de ter mais abertura com mulher. Eu já fui jogadora e com treinadora mulher eu me sentia mais tranquila e aberta para trocar ideias. A única diferença é ajudar fora de campo. Eu vou trazer uma coach esportiva, mulher, isso ajudaria muito no desenvolvimento do trabalho”. 

Marta indicada para o prêmio de melhor do mundo da Fifa: 

"Falar o que da Marta. Não tem palavras. É uma atleta completa, que nunca tivemos dentro do nosso país. Eu vejo a marca uma atleta completa e que a gente tem que aproveita-la muito bem dentro desse novo grupo de trabalho que vamos ter nesse período". 

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