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Boa frustra torcida do Guarani e zagueiro descontrolado para vencer Série C

Inconformado com sua expulsão, Ferreira agrediu o árbitro e foi contido pelos colegas - Reprodução
Inconformado com sua expulsão, Ferreira agrediu o árbitro e foi contido pelos colegas Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

05/11/2016 20h40

Não deu para o Guarani. Depois de empatar no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, o Bugre levou dois gols logo no início do primeiro tempo do jogo de volta, perdeu por 3 a 0 e viu o Boa Esporte conquistar o título da Série C em Varginha neste sábado. O duelo ainda contou com o descontrole do zagueiro Ferreira; expulso por suposta cotovelada em Rodolfo, o beque partiu para cima do árbitro Marcos Mateus Pereira e teve que ser contido pelos próprios colegas de time.

A equipe da casa já contava com a vantagem do 1 a 1 obtido na partida de ida, mas teve que lidar com a forte presença da torcida bugrina no Dilzon Melo, o Melão. Houve um princípio de confusão entre os torcedores e a Polícia Militar, que usou gás de pimenta para contê-los nas arquibancadas, mas o desentendimento não foi além dos minutos que antecederam o jogo.

O Boa fez questão de controlar a posse de bola desde o início, dando pouco espaço ao Guarani. Fellipe Mateus quase abriu o placar para o time mineiro logo no segundo minuto do primeiro tempo, mas só tirou tinta da trave. Braian Samudio, por sua vez, abriu o placar aos nove: Rodolfo invadiu a área e acionou o atacante, que tocou de primeira para o fundo da rede.

A vantagem foi ampliada menos de cinco minutos depois, aos 13. Desta vez, o próprio Fellipe Mateus recebeu de Daniel Cruz e completou para o gol, sem dar chance de defesa ao goleiro Leandro Santos. A comemoração do tento ainda contou com um chinelo atirado em direção ao técnico Marcelo Chamusca, do Guarani. Embora sua torcida entoasse o canto de "time da virada", o Bugre seguia incapaz na construção ofensiva, limitado a conter os avanços do Boa.

Do outro lado, os torcedores mineiros engataram o "olé" já na metade do segundo tempo. A etapa ainda contou com a lenta participação dos gandulas, que demoravam na reposição de bola. Até a Ponte Preta teve o nome cantado na festa mineira - vale lembrar que a grande rival do Guarani teve seu jogo contra o Santos adiado para a manhã deste domingo para evitar confronto com os bugrinos.

A partida ainda foi paralisada nos minutos finais em virtude do uso de sinalizadores da torcida do Guarani. Os artefatos foram rapidamente apagados a pedido do árbitro, mas alguns foram jogados no campo na altura dos 42 minutos. Em sua maioria, os mineiros festejaram com as luzes de seus celulares e iluminaram o terceiro gol do Boa, marcado aos 47 por Kaio Cristian, que havia acabado de entrar no lugar de Fellipe Mateus.