Novo técnico de Gabigol é o mesmo que transformou F. Anderson em estrela
O começo da vida de Gabigol na Itália está bem longe daquele sonhado pelo atacante. Desde que chegou à Inter de Milão, o ex-Santos só entrou em campo uma vez em partidas oficiais. Foram apenas 16 minutos no empate em 1 a 1 com o Bologna no dia 25 de setembro, pouco para um atleta que custou mais de R$ 100 milhões aos cofres do clube.
A explicação do então técnico Frank de Boer para a pouca utilização do maior reforço da equipe na temporada era adaptação. Segundo o holandês, o brasileiro precisava de tempo para se acostumar a um novo time, novo estilo de treinamento, novo país. Além disso, ele chegou com os campeonatos em andamento e não participou da pré-temporada com seus companheiros.
Nesta terça-feira, porém, ele recebeu uma rara boa notícia: depois da demissão de De Boer, a diretoria da Inter escolheu o italiano Stefano Pioli para comandar a equipe. Gabigol não o conhece e o treinador não o elogiou publicamente. Mas seu histórico trabalhando com brasileiros, e principalmente com um formado no Santos, permite empolgação.
Pioli comandou a Lazio entre 2014 e 2016. Foi justamente nesse período que Felipe Anderson, revelado na Vila Belmiro, se tornou uma estrela do time romano. Meia de armação no Brasil, comparado com Paulo Henrique Ganso, ele deixou o centro do meio-campo e virou ponta na Itália. Com Pioli, jogava mais aberto e concluía mais ao gol. Foram 20, em três temporadas, além de 12 assistências.
Esses números chamaram atenção de outros grandes clubes da Europa. E Felipe Anderson chegou a ser especulado na Inglaterra e na Espanha. “Futebol é confiança. Ele [Pioli] me passou isso, e eu comecei a arriscar mais. As coisas foram acontecendo, eu fui conseguindo fazer o que eu sei que posso e a partir daí só cresci. Antes, entrava nos jogos com medo de errar e sair. Hoje, os próprios jogadores me estimulam a tentar, falam que a minha criatividade é importante para a equipe, que eu tenho que arriscar. Isso tem sido fundamental para mim”, elogiou Felipe Anderson, em entrevista ao site Vavel.com.
Para Gabigol, a troca de comando deve ser positiva. Um dos motivos para a saída de De Boer, segundo a imprensa, foi justamente a incapacidade de usar o brasileiro na rotação de sua equipe. Só isso, porém, não dará uma vaga no time para o Menino da Vila. Será preciso superar rivais de peso.
No Santos, ele jogava pela direita do ataque. Na Inter, essa vaga vem sendo ocupada pelo veterano Candreva – ex-jogador da Lazio e que deixou o time de Roma após se desentender justamente com Pioli. Do outro lado do ataque, o dono da posição é Perisic, um dos mais regulares do time. No centro do ataque, a tarefa de ganhar uma posição também deve ser dura: o centroavante é o argentino Icardi, capitão e artilheiro do time.
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