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Flu reclama de atrasos, quer rescisão com Dryworld e já negocia alternativa

Fluminense tem utilizado camisa da Adidas em jogos da base por conta de atrasos da Dryworld - Mailson Santana/Fluminense
Fluminense tem utilizado camisa da Adidas em jogos da base por conta de atrasos da Dryworld Imagem: Mailson Santana/Fluminense

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/11/2016 15h47

A decisão do Fluminense de trocar a Adidas pela Dryworld ocorreu diretamente por conta da proposta financeira oferecida pelos canadenses. Após 11 meses de parceria, o mesmo tópico que o fez assinar o contrato, fará também com que a diretoria acabe com a parceria. O atraso nos pagamentos e na entrega de materiais não se acertaram até agora e o Tricolor não só quer a rescisão como já negocia com uma nova empresa para o próximo ano.

A Adidas pagava seis milhões ao Fluminense, que poderia chegar aos R$ 9 milhões com bonificações de título. Na Dryworld a promessa era de pagar R$ 13 milhões. Assim como na antiga parceria, o Tricolor, em caso de títulos, poderia chegar aos R$ 20 milhões. O problema é que o clube das Laranjeiras viu pouquíssimo dessa quantia até agora.

Além do dinheiro, outra reclamação é com relação à entrega de materiais. Tanto para as lojas, como para o uso do próprio clube. As divisões de base, por exemplo, vestem Adidas assim como o time feminino de vôlei. Os problemas não são exclusividade do Fluminense. O Atlético-MG, outro clube da empresa no Brasil, também enfrenta os mesmos problemas.

Em entrevista ao UOL Esporte, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, admitiu que a aposta não deu certo e explicou o porquê da Dryworld ter encontrado tanta dificuldade no Brasil. Para o mandatário tricolor houve erro de estratégia ao entrar no país.

“Acho que foi erro deles de estratégia ao entrar no Brasil. Resolveram comprar uma indústria aqui. Alguém que nunca trabalhou no Brasil, assinar contrato e comprar a indústria. Você precisa conhecer onde você está. Não fizeram a leitura correta, ainda mais em crise econômica. Sofreu muito em decorrência dessa estratégia. Eu banquei esse risco. O risco foi meu. Fiz isso porque o número era muito alto em relação à média do mercado. Além de achar que a Adidas não estava nos atendendo de maneira adequada após passarem por mudanças. Não estava à altura do Fluminense. Agora é trabalhar pelo reestabelecimento da própria Dryworld ou por uma nova fornecedora”, disse em exclusiva ao UOL Esporte.

O nome da empresa que o Fluminense negocia para a próxima temporada é mantido em sigilo. Entretanto, existe a expectativa que tudo possa ser acertado até o fim do ano. Vale lembrar que o Tricolor passará por eleições presidências no próximo dia 26, um sábado.

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