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Com ajuda de 'chineses', Tite anula Messi e defesa vira trunfo na seleção

Pedro Ivo Almeida e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

11/11/2016 06h00

Neymar reencontrou o caminho do gol, a linha ofensiva com Philippe Coutinho e Gabriel Jesus se mostrou eficiente e o Brasil se acostumou com placares mais folgados sob o comando de Tite na seleção brasileira. Para isso, no entanto, o treinador precisou corrigir graves problemas em outro setor da equipe.

Com oito gols sofridos em seis jogos nas Eliminatórias antes da troca de comando, a defesa não inspirava confiança. “A marcação começa lá na frente. E todos ajudam. Só assim conseguiremos ter a bola e jogar”, repetiu Tite em suas primeiras entrevistas na seleção.

E assim ele e jogadores fizeram. Em cinco jogos, apenas um gol sofrido. A confirmação da boa fase veio na noite da última quinta-feira (10), quando a equipe anulou Messi e abriu espaços para a boa vitória por 3 a 0 sobre a Argentina. Sem se preocupar exatamente com marcação individual, Tite contou com o bom posicionamento de nomes como Paulinho e Renato Augusto para neutralizar o melhor jogador do mundo.

Os “chineses” do Guangzhou Evergrande e do Beijing Guoan mostraram que nem mesmo a distância para o futebol europeu atrapalhou. Com Fernandinho em dificuldades no início da partida, Paulinho e Renato tomaram conta do espaço e não deram chances a Messi.

“Com cinco minutos, o Fernandinho levou o cartão em um lance em que tocou apenas na bola. Isso inibe as ações para jogar diante do melhor do mundo, aumenta o grau de dificuldade. O adversário estava melhor em certo momento. É preciso saber sofrer. Procuramos de todas as formas estudar o posicionamento do Messi, as possibilidades de troca da Argentina. E dentro dessa ideia, treinamos a troca de lado de Renato e Paulinho para dar uma sustentação maior”, explicou Tite.

“Diminuímos as ações na região dele. A bola começou a chegar menos. Quando ele começou a sair da área perigosa, ficou melhor para a gente. Foi uma atuação acima do que eu esperava”, completou o treinador.

Além dos meias, Tite encontrou em Marquinhos e Miranda a dupla ideal para manter a média de gols sofridos próxima a zero nesses primeiros cinco jogos. E até quando optou por uma alteração, viu o nível mantido. Thiago Silva entrou no final do jogo, mas ainda arranjou tempo para travar Messi em duas oportunidades.

Na próxima terça-feira (15), nova missão para a defesa de Tite. O Brasil vai a Lima e encara o Peru, que marcou quatro vezes fora de casa e venceu o Paraguai na última quinta (10).

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