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Tite se surpreende com facilidade em vitória e conta segredo de preleção

Pedro Ivo Almeida e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte (MG)

11/11/2016 00h51

A vitória por 3 a 0 na noite da última quinta-feira (10) surpreendeu até mesmo Tite. O Brasil passou por cima da Argentina sem nenhuma dificuldade e se consolidou como líder das Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

O comandante disse que esperava um confronto diferente contra seu principal rival, atuando em um dos maiores clássicos do futebol mundial.

“O placar eu não imaginava, não imaginava elástico. Imaginava um grau de dificuldade maior, como estava apresentando, porém a circunstância de jogo que precisamos analisar. Coutinho flutuou, Argentina teve que avançar mais e a mobilidade abre espaços. Alguns ajustes que eles fizeram, Neymar e Jesus pressionaram. Forçamos uma saída mais pelo lado esquerdo para que não chegasse no Messi, que jogou pela direita. Ele é criativo, extraordinário. Saiu da zona perigosa e ficou confortável para gente, porque quando chegava nele já estava congestionado”, disse.

“A Argentina começou nos assustando. A troca de lado de Renato e Paulinho deu uma sustentação maior e retomamos o jogo. Começou a dar volume, triangulação e troca de ritmo. É um time muito leve. O Thiago, se tivesse problema com o Fernandinho, eu iria fazer a troca. Ou então botar o Rodrigo Caio”, completou.

Tite ainda explicou como aproveitou o clima de homenagem a Carlos Alberto, o Capita, que faleceu recentemente. O capitão do Tri teve o seu gol exibido como último ato da preleção para os atletas que entrariam no Mineirão.

“Eu terminei a palestra com o gol do Carlos Alberto em 1970. Eu terminei a imagem e mostrei que a imagem ensinou muito. Estou enaltecendo o senso de equipe, o Tostão dobra a marcação até embaixo, quase todos jogadores tocam na bola. Depois abriu 1 contra 1. Quando rodou, o lateral do lado ao contrário o Carlos Alberto apareceu”.