Topo

Técnica desde os 21 aprendeu com Guardiola e roda o mundo ensinando futebol

Patricia González está a caminho do Irã para ensinar treinadores - Reprodução/Facebook
Patricia González está a caminho do Irã para ensinar treinadores Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

12/11/2016 06h00

“Os [jogadores] bons de verdade são os que nunca perdem a bola. Que passam a bola e não a perdem. E são esses que devem jogar, mesmo que não tenham tanto nome”. Esse foi o sábio ensinamento que a treinadora espanhola Patricia González recebeu de seu guru no futebol. O nome dele? Pep Guardiola. O diálogo está eternizado no livro do treinador do Manchester City e virou um mantra para Patricia.

Mas quem é essa espanhola de 28 anos que trabalha para Fifa e Uefa, já foi treinadora no Azerbaijão e roda o mundo ensinando treinadores de futebol? Patricia é uma ex-jogadora que encerrou a carreira precocemente por culpa de uma lesão e há mais de sete anos dedica sua vida ao sonho de ser treinadora.

Ela paz parte de um projeto da Fifa para ajudar países sem muita tradição no futebol a evoluírem no esporte. Por isso, apesar da insegurança de trabalhar em um país tão diferente da Espanha, não titubeou quando recebeu a proposta para treinar a seleção feminina sub-19 do Azerbaijão.

“Eu estava indo para um país com influência soviética e de numerosa população muçulmana. Eram muitas situações novas, profissional e pessoalmente, mas era a oportunidade da minha vida”, contou a espanhola ao El Confidencial.

Apesar das dificuldades enfrentadas no início, Patricia ficou três anos na função. Pôde, finalmente, dedicar-se exclusivamente ao futebol, já que na Espanha se dividia entre quatro trabalhos para poder se sustentar.

Quando esteve à frente de um time feminino do Rayo Vallecano, ela trabalhava num escritório pela manhã, dava aulas para crianças na sequência, participava de outro projeto infantil e à noite exercia a função de treinadora. Tudo isso porque futebol fez parte da sua vida desde a infância.

Agora, Patricia se prepara para nova experiência fora de seu país: ficará de novembro a fevereiro no Irã a convite da Uefa. “Vou trabalhar na formação de treinadores e na aplicação de metodologia”, contou a espanhola que, aos poucos, torna-se uma viajante da bola.