Grafite não descarta possível saída do Santa: "clube precisa fazer caixa"

Grafite quer ficar, mas corre o risco de deixar o Santa Cruz antes do término de seu contrato, que vai até dezembro de 2017. Em entrevista concedida nesta segunda-feira, no Arruda, o experiente atacante lamentou a atual situação financeira do clube e ressaltou que uma eventual venda pode ajudar o Santa Cruz a diminuir a crise pela qual vem passando.

“Existe uma multa rescisória no meu contrato. Um valor para proposta nacional e outro para o exterior. O clube precisa fazer caixa”, disse. “Não tive nenhuma proposta oficial até agora. Recebi apenas algumas sondagens. Quero sempre o bem do Santa Cruz”, acrescenta.

“Não adianta eu ficar aqui no Santa Cruz e o clube não se reestruturar. Meu desejo é continuar, mas tudo pode acontecer. Eu quero continuar no Santa Cruz. Renovei o contrato até o fim de 2017. Espero jogar mais um ano aqui, mas tudo depende do clube”, analisa.

O atacante disse concordar com uma redução de salário por conta da realidade financeira do Santa Cruz, que ainda lhe deve um mês. “Concordo em diminuir o salário até pela situação financeira do clube. Além disso, estamos próximo de uma queda”, ressalta.

Grafite lembrou ainda a situação dos funcionários, que seguem com salários atrasados e chegaram até a fazer uma greve. Depois de conversa com o presidente, Alírio Moraes, eles voltaram ao trabalho, mas continuam enfrentando dificuldades.

“É difícil essa situação financeira. Prometeram um vale para os funcionários, mas de última hora não aconteceu. É complicado ver os funcionários abatidos. A folha deles é muito mais importante do que a dos jogadores. Fizemos um rateio no vestiário para ajudar os funcionários. Também ajudo com cestas básicas. Sempre procuro contribuir”, completa.

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