Oposição também vota a favor e Conselho aprova novo estatuto do São Paulo
Como era previsto, o Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou por unanimidade (150 conselheiros estavam presentes) o novo estatuto do clube. O texto foi colocado em discussão nesta quarta-feira à noite, no Morumbi.
Apesar de fazer algumas ressalvas (como a questão dos conselheiros poderem votar ou não secretamente), o grupo de oposição ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, também votou a favor do estatuto.
No entanto, será realizada ainda uma assembleia geral com a participação dos sócios, no dia 3 de dezembro, e o estatuto, se outra vez aprovado, só será colocado em prática após a eleição presidencial de 2017.
"Essa unanimidade representa não só um posicionamento lúcido, muito claro dos conselheiros que apoiam a situação do São Paulo, como também a sensibilização de conselheiros e partidários que não se alinham com a situação. E essa é uma grande conquista que nós esperamos ver confirmada agora no dia 3 de dezembro na assembleia que irei convocar", disse Leco. "Estão aqui neste Conselho lideranças políticas que certamente têm influência e fazem refletir no associado os seus posicionamentos e entendimentos. Então, acredito que com essa atitude de aprovação e adesão ao texto, isso vai passar facilmente na assembleia dos sócios", completou o presidente.
O texto foi redigido por nove associados que integraram uma Comissão de Sistematização. Entre as mudanças se destaca a criação de um Conselho de Administração. Inspirado em modelos empresariais, o órgão contará com nove membros e será responsável por orientar e dar diretrizes de como deve ser feita a gestão do clube, além de aprovar atos.
Também como parte do processo de profissionalização, o próximo presidente, desde que se dedique exclusivamente ao clube, e os diretores executivos passam a ser remunerados. Com mandato de três anos, o presidente não poderá mais concorrer à reeleição.
O processo eleitoral a partir de 2020 não será mais em abril e passará para dezembro. Outra mudança cogitada no pleito é a participação de sócios ou sócios-torcedores. Porém, o presidente eleito em abril de 2017 terá 12 meses para fazer um estudo sobre o assunto.
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