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R. Augusto cita Corinthians e faz alerta à seleção: "uma hora vamos perder"

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Lima (Peru)

16/11/2016 06h00

Seis jogos com Tite, seis vitórias, liderança das Eliminatórias e a vaga muito bem encaminhada para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. O desempenho recente excelente, no entanto, não é sinônimo de euforia na seleção brasileira. Quem garante é Renato Augusto. Segundo o meia, o momento é de cautela e pés no chão.

O jogador citou até mesmo a boa fase do Corinthians de 2015, quando ele, o técnico Tite e outros jogadores do atual grupo da seleção também tiveram que trabalhar a tranquilidade diante de inúmeros resultados positivos.

"Temos que ter a cabeça boa porque uma hora nós vamos perder. Passamos por momentos assim também no Corinthians no ano passado, longo tempo só com vitórias, recordes. Mas sabíamos que uma hora perderíamos. É trabalhar a cabeça para esse momento e entender que, quando ocorrer, não estará tudo errado. Como agora também não está tudo certo. Às vezes o futebol te engana. Mas o Tite é um cara que conhece bem isso. Sabe elogiar e a hora de segurar. Tivemos defeitos contra a Argentina, contra o Peru. Ele nos mostrou essas coisas. É saber sofrer nos momentos certos", explicou Renato.

O autor do segundo gol na vitória sobre o Peru celebrou o início de trabalho com Tite na seleção e admitiu que não esperava o sucesso dos seis primeiros jogos.

"Conseguimos encontrar um padrão de jogo bom com a chegada do Tite. Não esperávamos que fosse tão rápido, especialmente após um início complicado nas Eliminatórias. Estamos marcando bastante, evoluindo. Você vê um Jesus marcando, Philippe Coutinho e Neymar correndo atrás de lateral. É muito bom isso. No ataque, Dani chegando, Filipe aparecendo bem. Mostra uma equipe compacta. Claro que a distância ficou curta para a Copa do Mundo e pensamos muito nisso, mas é uma questão maior do que apenas isso. É manter um padrão, um estilo", comentou o camisa 8.

A sequência do trabalho, bem como a derrota falada por Renato Augusto, no entanto, ainda vai demorar a acontecer. Isso porque a seleção só voltará a jogar em março de 2017. Após seis jogos em pouco mais de 60 dias, a equipe terá "férias" de mais de quatro meses. O próximo compromisso dos líderes das Eliminatórias será contra o Uruguai, em Montevidéu, em 23 de março; no dia 28, o duelo será contra o Paraguai, em casa.