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Com 3 meses de Corinthians, reforço de R$ 3 milhões já tem saída provável

Gustavo tem três jogos em 2016 para tentar provar valor no Corinthians - Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
Gustavo tem três jogos em 2016 para tentar provar valor no Corinthians Imagem: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

19/11/2016 06h00

Esperança do Corinthians para resolver a falta de gols do ataque do Campeonato Brasileiro, o centroavante Gustavo ainda não conseguiu marcar e tem a situação para 2017 quase encaminhada dentro do clube. Ele não deve continuar no próximo ano, quando teria a concorrência de Jô, recentemente contratado. Ainda assim, cheio de desfalques, Oswaldo de Oliveira deve optar por sua escalação na segunda-feira, diante do Internacional. 

Dentro da direção e da comissão técnica corintiana, se defende que Gustavo, 22 anos, precisa de maior rodagem para vestir a camisa do clube. O contrato dele ainda tem mais de três temporadas (se encerra em agosto de 2020) e a esperança é de que o jogador possa amadurecer para dar o retorno desejado em outro momento.

A provável decisão da saída já foi, inclusive, compreendida por Oswaldo. Nas três rodadas finais do Brasileirão, principalmente na partida de segunda, Gustavo tem a chance de provar o contrário. Ele era o artilheiro da Série B até chegar para o Corinthians em agosto e mereceu esforço dos dirigentes para viabilizar a transferência. 

Em caso de se confirmar a saída, pelo menos duas possibilidades são estudadas para Gustavo. A primeira, e mais provável, é ser emprestado para uma equipe da Série B em 2017. Dentro do Corinthians, há a avaliação de que o torneio é ideal para o desenvolvimento de atletas, como os zagueiros Yago e Pedro Henrique, que retornaram após esse tipo de experiência. A segunda hipótese é aproveitar o centroavante como moeda de troca em alguma negociação como a por Rithelly, do Sport. 

Entre os pontos observados sobre Gustavo, além de dificuldades técnicas por não ter passado por todas as categorias de base, está certa imaturidade. O centroavante chegou a tatuar a própria imagem com a camisa do Corinthians na própria perna, por exemplo. Por outro lado, a conduta do atleta no dia a dia é alvo de elogios. 

Gustavo foi comprado em caráter de emergência e pouco jogou

Depois de negociar André com o Sporting-POR e Alexandre Pato ao Villarreal-ESP antes mesmo de sua reestreia, o Corinthians se viu carente de centroavantes quando a janela para aquisições do exterior já havia se encerrado no Brasil. Assim, contratou Gustavo em caráter de emergência ao Criciúma, em que era destaque e goleador na Série B. 

Apesar do investimento de aproximadamente R$ 3 milhões para compra de 40% de direitos econômicos, o jogador não conseguiu dar retorno. Ele teve uma boa estreia diante do Sport, quando a equipe deslanchou a partir de sua entrada e ganhou por 3 a 0.

Depois disso, o treinador Cristóvão Borges concedeu a titularidade e a produção caiu: em três partidas seguidas, contra Coritiba (fora), Santos (fora) e Palmeiras (casa), a equipe não ganhou e o jogador se tornou alvo de críticas. O próprio Cristóvão foi alvo de reclamações internas por ter supostamente acelerado o processo na chegada de um atacante jovem com passagens por times menores, como Taboão da Serra, Nacional da Ilha da Madeira-POR e Criciúma. 

Gustavo então passou por uma sequência fora da equipe, com treinamentos em dois períodos para aprimorar fundamentos, ponto considerado crítico. Depois, jogou por 90 minutos contra o Atlético-MG e até marcou um gol, equivocadamente anulado pela arbitragem. O que poderia servir para deslanchar, porém, foi quase um último ato. 

Com Oswaldo de Oliveira, não teve chances nos cinco primeiros jogos, até a partida da última quarta, diante do Figueirense. Em Santa Catarina, foram 11 minutos em campo e pouco tempo para mostrar evolução. Se confirmada a presença diante do Internacional, porém, Gustavo certamente terá sua prova de fogo particular. 

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