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Conselheiros protocolam pedido de impeachment de Roberto de Andrade

Roberto de Andrade vive situação delicada no Corinthians - Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians
Roberto de Andrade vive situação delicada no Corinthians Imagem: Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

22/11/2016 11h46

Membros do Conselho Deliberativo do Corinthians protocolaram na manhã desta terça-feira (22) um pedido de impeachment contra o presidente Roberto de Andrade. A solicitação, que havia sido adiantada no Blog do Birner, conta com 63 assinaturas de integrantes da oposição, de um total 345 de todo o conselho corintiano, que votará pela permanência ou retirada de Roberto nas próximas semanas. 

O fator que motiva o pedido é a assinatura de atas de reuniões com a Odebrecht sobre a Arena Corinthians com datas anteriores à eleição em fevereiro de 2015. Roberto de Andrade alega que os documentos só chegaram às suas mãos depois de ser escolhido presidente. 

Para o mandatário ser retirado do cargo, o Conselho Deliberativo do clube deverá votar em maioria. Ou seja, basta ter a metade dos votos mais um para que Roberto de Andrade sofra o impeachment. 

"Nós não sabemos o teor (do pedido). Sabemos que foi protocolado no Conselho Deliberativo. Em cinco dias, será encaminhado ao Comitê de Ética e poderemos verificar", disse Luiz Albert Bussab, diretor de relações institucionais do Corinthians e responsável pela articulação política da situação. 

Passo a passo do processo

A partir de agora, o presidente do Conselho Deliberativo, Guilherme Strenger, possui cinco dias para analisar o pedido e encaminhar o pedido para o Comitê de Ética do clube. O órgão é presidido por Sérgio Alvarenga, que terá dez dias para apresentar uma defesa para os outros membros da comissão, que é formada por Carlos Roberto Elias, José Luis Cecilio, Daniel Leon Bialski e Luiz Eduardo da Silva.

A partir disso, a Comissão de Ética vai se reunir para dar o parecer sobre o pedido - o grupo, porém, não tem qualquer poder de veto. O presidente do Conselho, na sequência, irá designar uma reunião extraordinária para votação.

Se o impeachment for acatado, ele ainda passará por uma assembleia geral com associados para ratificação. 

O que acontece em caso de impeachment

Caso a assembleia geral aprove, o primeiro vice-presidente, André Luiz Oliveira, assume o cargo interinamente e tem 30 dias para convocar eleições para que o Conselho Deliberativo, sem a participação dos sócios, escolha um presidente 'tampão' para permanecer no cargo até fevereiro de 2018. 

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