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Candidato do Fluminense, Bittencourt tentará volta de Fred caso seja eleito

Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/11/2016 06h00

Foram 18 anos trabalhando no Fluminense até ser afastado pelo presidente Peter Siemsen por conta das eleições. Mário Bittencourt nunca escondeu que tinha esse desejo e o sonho de ocupar o cargo se aproxima com as eleições desse sábado. Ao contrário da situação, que abriu mão de Fred, o candidato da chapa “O Fluminense me domina” não só quer, como tentará o retorno do atacante e ídolo tricolor em 2017.

Vale lembrar que o jogador apoia abertamente Mário Bittencourt, com quem trabalhou diretamente em algumas situações. O suporte não foi bem aceito por Celso Barros, ex-presidente da Unimed e que bancou salário astronômico por anos. Peter Siemsen, por outro lado, não se incomodou com a escolha.

“Se tiver a oportunidade e se ele quiser voltar, tenho todo interesse em tê-lo novamente. Não só por ser ídolo, mas pelo desempenho atual. Qualquer clube do Brasil tem interesse nele. Não temos nenhuma negociação aberta e jamais aliciaria o jogador. Teria que procurar o Atlético-MG antes. Mas se houver a oportunidade e ele quiser, tenho projeto para ele encerrar a carreira aqui”, disse Bittencourt.

Veja a íntegra da entrevista exclusiva com Mário Bittencourt:

Atual momento do Fluminense

Com relação à política, acho uma eleição muito importante para o clube. Uma eleição que terá pela primeira vez o voto do sócio futebol. Temos três chapas e o torcedor precisa votar com consciência no dia 26 porque o futuro do clube depende disso. Com relação ao futebol, já falei algumas vezes, a atual gestão desfez um planejamento no meio e acabou tendo resultado ruim porque mais uma vez mexeu no planejamento. Tínhamos um time no início do ano mais equilibrado, com atletas de peso. Obvio que ao longo da temporada seria importante reforçar um pouco mais, mas o Fluminense se desfez ou afastou atletas importantes. Se desfez de Fred, Diego Souza e Marlon. Não sei por qual motivo afastou o Jonathan, que é experiente e poderia ajudar. Um campeonato de 38 rodas, se não tiver ao menos três ou quatro nomes de peso, vai sentir dificuldade e é o que está acontecendo. São oito jogos sem vencer nessa reta final.

Foi um erro se desfazer de Fred, Diego Souza e Marlon?

Acho que sim, né? É matemática. Mandou embora os dois artilheiros do Campeonato Brasileiro (Fred, com 14, e Diego Souza, com 13). Juntos somam 27 gols na competição. Vários jogos percebem que tem essa dificuldade de empurrar a bola para dentro. Se tivesse as mesmas oportunidades com jogadores mais capacitados... Certa vez conversando com Paulo Angioni, com quem trabalhei, me disse algo muito interessante. Que um time de futebol deve ter ao menos quatro ou cinco jogadores que saibam fazer gol, independentemente da posição que jogue. Fluminense da década de 80 tinha Washington, Assis, Romerito, Branco, Tato, Ricardo Gomes... Todos sabiam fazer gol. Hoje o time dos onze, Cícero e Scarpa tem esse costume. Os demais têm dificuldades por características obviamente. Então se desfazer de Fred e Diego Souza e até do Marlon traz dificuldades e prejuízos para o time.

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Imagem: NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.

Por que eles saíram?

Recentemente vi uma entrevista do presidente (Peter Siemsen) onde ele disse que o Diego Souza não foi mandado embora, mas pediu para sair. Ele tinha contrato de três anos. Se ele pediu para sair uma palavra resolvia a questão: não. Era só o Fluminense insistir para que ele ficasse, até porque contratualmente poderia fazer essa exigência. O Fred, por outro lado, foi realmente mandado embora. Dizem que por um problema interno, mas nitidamente falta de habilidade na condução. Saber conduzir estrelas, jogadores de peso, é uma arma no futebol. Se não consegue se relacionar dessa forma, nunca terá jogador de alto nível, que são atletas que precisa saber administrar. Em qualquer área, não só no futebol. Na música, na televisão. As grandes estrelas têm as suas idiossincrasias e é importante saber administrá-las.

Existe a chance do Fred voltar em 2017?

Comigo na presidência sempre vai existir a possibilidade do Fred voltar ao Fluminense. Jogador que interessa. Além da história que tem aqui é o artilheiro do Brasileiro. Em 2015, quando apresentou a renovação dele, abri a coletiva dizendo que estava apresentando o grande reforço do time para a temporada 2015, que era o artilheiro do Brasileiro de 2014. Repito isso. Se tiver a oportunidade e se ele quiser voltar, tenho todo interesse em tê-lo novamente. Não só por ser ídolo, mas pelo desempenho atual. Qualquer clube do Brasil tem interesse nele. Não temos nenhuma negociação aberta e jamais aliciaria o jogador. Teria que procurar o Atlético-MG antes. Mas se houver a oportunidade e ele quiser, tenho projeto para ele encerrar a carreira aqui. Dos candidatos que existem hoje, o Fred só voltaria com a minha chapa. Além de termos trabalhado juntos em 2009 e início desse ano, o Abad faz parte da gestão que colocou o Fred para fora. O Celso, por outro lado, o chamou de mau-caráter. Duvido que o jogador trabalharia com alguém que xingou dessa forma.

O que o Mário pretende fazer pelo Fluminense?

Quero um Fluminense diferente, com alma. Se afastou muito do torcedor e virou um clube frio. É importante equilibrar as finanças, pagar as dívidas, mas um clube de futebol não é só isso. Precisa ter paixão e isso foi se perdendo no curso único e exclusivamente ligado a números. Isso afasta a cada dia o torcedor. Temos que recuperar o marketing, que foi muito ruim ao longo da gestão. Sem criticar os profissionais, porque só de profissionais o Fluminense teve 13 ao longo dos últimos anos. Mudar essa estrutura para fazer o clube progredir. Mudar também o plano do sócio futebol, que acho muito ruim. Revitalizar a sede das Laranjeiras, que está abandonada. E fortalecer os esportes olímpicos, que ficaram abandonados por cinco anos e meio e só agora no fim tiveram alguma atenção até por questões políticas.

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Imagem: Armando Paiva/Fotoarena

Clube organizado ou time vencedor?

O maior desafio do próximo presidente será encontrar esse equilíbrio entre o financeiro e o desempenho dentro de campo com vitórias. Futebol precisa trabalhar alavancado, senão você está morto. Não adianta estar organizado e eu cair para Série B porque é o futebol que me traz o retorno financeiro. Só terei patrocínio máster, cota de TV mais alta, torcedor comprando camisas se o time tiver resultados. Algo interligado. Resultado faz com que traga receitas ao clube. Não consigo ver essa gestão financeira separadamente do futebol. Na minha opinião, o grande erro dessa gestão foi esse. Os três primeiros anos até se preocupou com essa questão financeira e depois fez uma maquiagem. O Fluminense deixará cerca de R$ 40 milhões para o próximo presidente pagar. Além de se esquecer do futebol. Desde 2012, o Fluminense se tornou um time médio no Brasil dentro de campo. O grupo do presidente [Flusócio] que me ataca veementemente como tendo feito em 2015 o pior ano da história do futebol, mas foi comigo que o time teve o melhor posicionamento desde 2012. Foi 17º em 2013, 6º em 2014, 13º em 2015, e esse ano não deve ter nada melhor que a 8ª posição pelo andar da carruagem. Eles ficam com esse discurso da matemática financeira o tempo todo e se esqueceram do futebol mandando embora o melhor jogador do time.

Você esteve por 18 anos nas Laranjeiras. Hoje o Flu é clube melhor?

Trabalhei em três gestões. David Fishel, Roberto Horcades e Peter Siemsen. A primeira do David foi muito boa e a segunda teve extrema dificuldade. A gestão Horcades em alguns momentos foi boa para o futebol, mas muito ruim no ponto de vista financeiro. E ado Peter ao contrário, muito boa nos três primeiros anos pelo lado financeiro. Administrativamente nunca foi boa. E esse é o motivo que me leva ser candidato. Acreditei nele e votei nele duas vezes, mas posso te dizer que o dia a dia do clube não foi bom. Não instaurou modelo de governança coorporativa, não criou comitê de compliance. Financeira evoluiu, pois pagou muita dívida. Mas também teve muito mais receita, um período de crescimento do futebol brasileiro. Mas a segunda gestão dele foi semelhante ou pior que a do Horcades financeiramente falando. Principalmente esse último ano. Para fazer o candidato ele fez de tudo, até contratar jogador para o próximo presidente.

Peter diz que Orejuela e Sornoza é um investimento que já pode dar retorno

Cada um dá o nome que quiser, né. Só vamos saber disso lá na frente. Mas as 120 reclamações trabalhistas novas também são investimento?

Ele não ter apoiado sua candidatura, te frustrou?

Sinceramente não. Hoje acho até muito bom que não tenha ocorrido. Ele trocou de candidato umas sete vezes antes de dizer que o candidato era eu e depois trocou de novo. Já foi o Marcos Póvoa, depois Ricardo Tenório, depois fui eu, depois Pedro Antônio. Todo mundo sabe que ele tentou mudar o estatuto para fazer o Pedro Antônio presidente, mas ele não teve coragem de levar adiante. E agora é o Abad. É uma maneira dele de atuar em relação a outras situações. Muda de opinião constantemente. Falta firmeza e palavra. Confesso que não me sinto frustrado e fico feliz de fazer minha candidatura sem apoio dele.

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Imagem: Rodrigo Paradella/UOL

E o apoio do Pedro Antônio?

O que ele falou para a gente é que não se manifestaria e ficaria neutro. Conversei algumas vezes com ele e disse que conto com ele independentemente do lado que ele escolher. Não só ele como qualquer torcedor do Fluminense que tenha condição de ajudar. O que falei para o Pedro é que ele é muito recente na política do clube. Só virou sócio em 2013 e conhece pouco desse universo. Sugeri cuidado com alianças pois seria complicado. Mas ele emprestou dinheiro para construir o CT e caminhou bem nesse sentido. O Grupo Base, que o Pedro Antônio faz parte e que mais doou para o CT, está me apoiando apesar do Pedro apoiar o Abad. Ele que precisa dizer o porquê. Isso é justo e democrático. Desde que ele queria, se eu vencer ele continua no clube.

Política do Fluminense é complicada?

Complicada. As vezes acabam entrando em um processo político de autofagia, vai se destruindo. É assim há muitos anos e é uma pena. As pessoas fazem política como se fosse a convencional. O Cacá chamava minha candidatura de “Flusócio B” e que ele era a terceira via. E agora ele se junta ao Abad. Três dias antes ele falou que a campanha do Abad era uma fraude eleitoral [por conta do trabalho do candidato, na Receita Federal]. Hoje ele está junto com a fraude por cerca de 60 cadeiras no conselho e o cargo de vice-presidente. Isso é a política convencional e o Fluminense não poder ser refém disso. Isso é prejudicial ao clube.

Você foi acusado de ter ligação com empresário de futebol

Celso [Barros] tentou me atacar nesse sentido e disse para ele que ficava até feio. Ele mesmo tem uma empresa “Unimed Participações”, que comprou e vendeu jogadores do Fluminense durante todo o período. O genro dele é empresário de jogador, o que não vejo problema, é um direito dele, que trabalha honestamente. Foi ele que trouxe Sornoza e Orejuela. É uma política suja. Querer atribuir a mim algo que nunca fui. Tenho 18 anos de Fluminense e só descobriram que eu era empresário de jogador faltando um mês para a eleição? Politiqueiro e sujo. Essa empresa que tenho no meu nome nunca emiti nota fiscal. Querem usar isso para esconder fatos reais, como o fato de ter quebrado a Unimed, que tem uma ação contra o Celso Barros cobrando R$ 738 milhões. Querem encobrir o fato do Abad ter os impedimentos dele na Receita Federal e não poder ser 100% presidente do Fluminense. Falo isso a três dias das eleições, mas jamais usei isso. Fizemos uma campanha propositiva. É claro que meu grupo também respondeu quando atacado.

Essa politicagem toda decepcionou?

Sem dúvida alguma. Toda a minha equipe queria fazer uma campanha limpa e bonita, viajando pelo Brasil. E mostrando para as pessoas os três problemas do Fluminense e as três possíveis soluções. Quando precisa ficar discutindo essas coisas de baixo nível, você acaba perdendo o foco do que é importante para o clube. Mas isso vai passar

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Imagem: Nelson Perez/Fluminense FC

Situação do Abad na Receita Federal atrapalha desempenho no clube?

Ele declarou inicialmente, quando lançou a candidatura, que seria sustentado pelos proventos da mulher dele. Depois mudou e disse que não vai mais se licenciar da Receita Federal e que vai trabalhar de casa de maneira remota, de madrugada. Depois vemos um parecer da Receita que o obriga a dar 40 horas semanais em Nova Iguaçu, onde está lotado. Como vai se dedicar ao Fluminense? Segundo são as limitações de negociações com o poder público. Até mesmo com empresas privadas, se olhar o código de ética da Receita Federal, até com relação a negociação de jogadores é complicado. Vai ser um presidente pela metade, com ressalvas e acho isso muito ruim para o clube.

Único assunto que une todas as chapas é o fracasso do futebol

O Abad quis se descolar do Peter e disse que essa é uma característica da Flusócio. Não podemos esquecer que o Abad é o candidato da Flusócio e do Peter. Se querem mais três anos deles no poder, desse modelo de jogar na conta de terceiros o que não deu certo e ficar para eles com o que é bom. Agora já estão deixando o Peter de lado. Já não aparece mais tanto, agora é com o Pedro Antônio. Vão trocando de pessoas. Se o CT por um acaso desabar eles vão jogar o Pedro aos leões. Agora eles que são a continuidade criticam o futebol?

Propostas para o futebol

Quem vai tomar conta do futebol no dia a dia é o Ricardo Tenório, como vice-presidente geral, com ajuda do Parreira, com um grupo consultivo. Abaixo deles, vai ter a estrutura normal do futebol. Vamos criar novamente o cargo de gerente de futebol, um ex-jogador capacitado para isso e que tenha estudado. É o modelo que a seleção brasileira faz com Edu Gaspar, o Flamengo com Mozer. Quem entende de vestiário sabe que isso é importante. Fazer um time forte dentro das possibilidades do clube, mas ter ao menos dois, três ídolos. Achamos que futebol sem ídolo não progride. E ter um treinador de futebol de peso.

Você é contra Xerém?

Eu fui o vice presidente de futebol que mais tive jogadores de Xerém. Trabalharam comigo Marlon, Kenedy, Gerson, Robert, Hygor Leite, Rafinha, Biro-biro, Marco Júnior, Igor Julião, Léo Pelé, Ayrton, Nogueira, Douglas, Scarpa... obviamente isso é uma falácia de eleição. Eles só têm três coisas para falar. Gestão financeira, Xerém, que melhorou, e do início da construção do centro de treinamento, que ainda não acabou. Como podem me destruir? Falar que fui contra as únicas três coisas que eles fizeram. Eles não dizem que sou contra o marketing porque é um lixo, contra a sede social porque ela também está um lixo, contra o esportes olímpicos porque ficaram abandonados por cinco anos e meio. Tanto não é verdade que sou contra Xerém, que tenho uma proposta de qualquer jogador vendido, parte do dinheiro deverá ser obrigatoriamente destinada à base. Se for atleta formado fora do clube, uma quantia. Se for formado em Xerém, será o dobro. Não tenho nada contra o Marcelo [Teixeira], que é um excelente profissional. Tanto é verdade que esquecem que quem tocou o projeto de Xerém pelos quatro primeiros anos foi o Fernando Simone, que foi gerente da base em 2011, 2012, 2013 e 2014. Enquanto isso o Marcelo estava tocando o futebol profissional. Foi responsável por 2011 e 2013, por exemplo. Quando assumi a vice-presidência de futebol, por questão de perfil, achei melhor de trabalhar no dia a dia com o Simone, por questão de perfil e personalidade. Tanto achava o Marcelo importante que ele assumiu o lugar do Simone em Xerém. Se não gostasse dele, teria exigido a saída dele e não a ida para um lugar tão importante.

Se você ganhar quem cuidará de Xerém?

Vamos criar um cargo que não existe hoje: vice-presidente de futebol amador. Precisa de alguém exclusivamente para isso. Será um cargo não remunerado. E os profissionais que já estão lá, quero manter desde que queiram continuar. Inclusive o Marcelo, sem problema algum.

A promessa de estádio foi eleitoreira?

De maneira nenhuma, o nosso projeto vinha sendo feito há 120 dias antes da candidatura. Trabalhávamos de verdade para isso. Hoje já posso falar, uma das pessoas que integram o Grupo Base [de Pedro Antônio] que ajudou a viabilizar o centro de treinamento com questões operacionais. Uma dessas pessoas tinha o sonho de construir o estádio e começamos a conversar. Um para fazer o projeto e outro para fazer o estudo de viabilidade. A situação apresentou um memorando de entendimento para viabilizar um terreno em 36 meses. Nós fomos sinceros. Não é fácil tirar do chão, mas temos um projeto sólido com opção de compra de um terreno na Barra da Tijuca. Mas precisa de um investidor externo, pois o Fluminense não tem condição de bancar isso. Antes disso, porém, precisamos de um estádio para jogar já em janeiro. Minha ideia é utilizar o Maracanã.

Como é o projeto do estádio?

Existe um terreno. Nesse terreno você vai construir um estádio, mas não apenas isso. No mesmo lugar precisa ter um shopping, um centro gastronômico, um parque de diversão e um estacionamento. Porque assim o investidor poderá explorar essas outras atrações durante a semana. Pega como exemplo o Maracanã. Fluminense foi lá e fez um contrato excelente para ele, mas todo contrato que é bom somente para um dos lados, não é um bom contrato. É o básico do direito contratual. Precisa ser equilibrado. No contrato, Fluminense pegou lucro da venda dos ingressos atrás do gol e a torcida só vai lá. Como o Maracanã ganha dinheiro? Visto que eles não conseguiram utiliza o espaço do Célio de Barros e outros locais mais no entorno. Ou seja, o investidor precisa do entorno para não precisar da bilheteria. Então, resumidamente, vamos buscar o investidor que faça o estádio e o entorno e vamos entrar com nosso nome e público. O pagamento não sairá do bolso do Fluminense, mas das atrações do entorno. E para o entorno funcionar, precisa de público e a nossa torcida entra nesse ponto.

Maracanã será a casa do Flu mesmo com custo operacional caro?

Temos que sentar e ver os números. Tem que sentar com o Maracanã e encontrar uma fórmula. Claro que não quero que o Fluminense tenha prejuízo nos seus jogos, precisa de uma alternativa. Não sei ao certo a situação de Edson Passos, mas pode ser opção. Não vou falar muita coisa sobre isso porque vai parecer eleitoreiro. Preciso sentar e ver tudo isso com calma. Mas a ideia principal é jogar no Maracanã.

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Imagem: Armando Paiva/Divulgação