Polícia conclui que torcedor do Cruzeiro morreu após descarga elétrica
A investigação da Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que Eros Dátilo Belizardo, 37 anos, torcedor do Cruzeiro, morreu devido a um choque elétrico em tomada de 220 volts, durante a partida entre Cruzeiro e Grêmio, no Mineirão, no dia 26 de outubro.
As imagens de segurança do estádio, divulgados pelos investigadores da Polícia Civil, mostram que o torcedor conversava com um segurança da Minas Arena, consórcio que administra o local, com o intuito de mudar de setor. A intenção de Eros era chegar à parte das cadeiras que abriga a torcida organizada Pavilhão Independente.
Com a passagem negada pelo segurança, o torcedor forçou a passagem e acabou brigando com o mesmo. Durante a disputa, Eros esbarrou em uma lanterna que carregava em uma tomada de 220 volts, o que ocasionou o choque. Ele teve seis paradas cardíacas antes de morrer, a caminho do Hospital Odilon Behrens.
"Para que haja um crime, é necessário que haja culpa, um ato convicto. Como ocorreu um fato fortuito, isso exclui a culpa. Se a culpa é um dos elementos da conduta, se não há conduta, não há crime", disse o delegado Luiz Otávio Mattosinhos.
O delegado incumbido das investigações garante que não houve o mata-leão relatado em depoimento pela cuidadora de idosos Alessandra Luciana de Abreu, amiga de Eros.
"Os elementos que nós temos no inquérito policial não chegam a essa conclusão não. A Alessandra estava muito envolvida emocionalmente, ela é amiga do Eros. Isso pode ter muita influência na narrativa dela. Foi um choque elétrico", concluiu Mattosinhos.
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