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Colômbia libera 31 corpos após identificação; traslado será feito em 24h

AP
Imagem: AP

Bruno Freitas, Felipe Pereira e Gustavo Franceschini

Do UOL, em Chapecó (SC) e Medellín (Colômbia)

01/12/2016 08h12Atualizada em 01/12/2016 20h14

O IML colombiano já finalizou o reconhecimento de todos os 71 corpos das vítimas do acidente com o avião da Chapecoense. Até o final da tarde desta quinta-feira, 31 já tinham sido liberados. Os números foram divulgados pelo Ministério de Relações Exteriores e confirmados posteriormente pela prefeitura de Chapecó e pelo serviço funerário.

Entre os liberados, há vítimas de quatro nacionalidades: brasileiros, paraguaios, bolivianos e venezuelanos. A tendência é que os corpos cheguem a Chapecó até a noite desta sexta-feira. O velório coletivo deve ter 51 corpos.
 
Em Medellín, haverá cortejo fúnebre para levar os corpos aos aviões da Força Aérea Brasileira, os quais transportarão as vítimas fatais para o Brasil entre a noite desta quinta (01) e manhã de sexta (02).  
 
"Temos dez corpos de brasileiros prontos. Estamos fazendo todo o esforço humanamente possível para liberar todos os corpos hoje. O plano a é que todos sejam liberados até às 22h. Eu acho difícil. O plano b é que todos sejam liberados até às 8h de amanhã", afirmou Jorge Escobar, representante das funerárias que estão trabalhando em conjunto com o IML da Colômbia, ao UOL Esporte.
 
De acordo com a assessoria do Ministério de Relações Exteriores, os legistas trabalharam durante toda a madrugada, em uma força-tarefa, a fim de agilizar o processo de reconhecimento e liberação dos corpos. No total, 12 equipes participaram do trabalho.
 
Três aviões da FAB, que já estão em Medellín, farão o translado dos corpos. A expectativa é que o velório coletivo aconteça nesta sexta-feira (02), na Arena Condá, em Chapecó. 
 
O Itamaraty diz que ainda não está definido como seria feito o transporte, já que as aeronaves da FAB comportam levar apenas 22 corpos por vez. A decisão sobre o transporte das vítimas será tomada à medida da progressão do trabalho das funerárias.
 
A Chapecoense, a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal, a Prefeitura de Chapecó e o Governo de Santa Catarina fizeram uma simulação nesta quarta-feira. São esperadas 100 mil pessoas no estádio para prestar a última homenagem aos atletas, dirigentes, membros da comissão técnica e jornalistas vítimas na tragédia.
 
A ideia do clube catarinense é que todos sejam primeiramente velados no gramado e, em seguida, liberados para que sejam enterrados em suas respectivas cidades de origem.