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Zagueiro do Arsenal se emociona e lembra ligação que não fez a Caio Júnior

Homenagem do Arsenal à Chapecoense - Stefan Wermuth/Reuters - Stefan Wermuth/Reuters
Lucas Perez, Gabriel Paulista e Aaron Ramsey prestam homenagem à Chapecoense em minuto de silêncio antes do jogo Arsenal x Southampton pela Copa da Liga Inglesa
Imagem: Stefan Wermuth/Reuters

Do UOL, em São Paulo

01/12/2016 17h18

O Arsenal divulgou nesta quinta-feira um vídeo com um depoimento do zagueiro brasileiro Gabriel Paulista. Nas imagens, o camisa 5 relembra sua passagem pelo Vitória entre 2009 e 2013, quando trabalhou com o técnico Caio Júnior.

O treinador, uma das 71 vítimas fatais da queda do voo da delegação da Chapecoense em Medellín (Colômbia) na madrugada da última segunda-feira, trabalhou no clube rubro-negro em 2013. Juntos, os dois conquistaram o Campeonato Baiano daquele ano.

No vídeo, Gabriel Paulista conta que sentiu vontade de telefonar para Caio Júnior no último sábado. No dia, o defensor completou 26 anos. Entretanto, acabou não telefonando.

“A gente tem um grupo de amigos no Brasil, e eu falei: ‘O que a gente tem para fazer hoje, não deixa para fazer amanhã, porque a gente não sabe o dia’. No meu aniversário, deu uma vontade enorme de falar com o Caio Júnior, e eu deixei para falar outro dia… E acaba acontecendo essa tragédia”, contou o zagueiro, bastante emocionado. “Mas acho que serve para todos. O que a gente tem para fazer, o que a gente pensar em fazer, a gente tem que fazer. Não deixar para depois, porque a gente não sabe o que pode acontecer”, acrescentou.

Ao longo do vídeo, Gabriel Paulista prometeu “guardar no coração esse time” da Chapecoense, “esses amigos que eu fiz no meio do futebol”. Em seu depoimento, desejou força aos familiares das vítimas do acidente na Colômbia.

“É dificil falar sobre o que aconteceu. Eu peço força aos familiares, que Deus possa confortar o coração de cada um. Tinha amigos lá, joguei por cinco anos no Vitória, com o treinador (…). A gente foi muito amigo. É dificil. É uma coisa que a gente não espera, que a gente acha que não vai acontecer com um amigo próximo”, afirmou Gabriel Paulista, que foi além.

“O mínimo que posso fazer é dar um abraço forte desde aqui da Inglaterra para todos os familiares. Que eles possam seguir, continuar a vida deles. Sei que é difícil, perder uma familiar não é facil. Eu já tive uma experiencia própria, perdi um irmão, sei como é duro, sei como é difiil perder um familiar, um amigo. Mas desejo força para esse time que encantou o futebol brasileiro, uma equipe que, cinco anos atrás, era da quarta divisão e veio encantando a todos. Só tenho boas memórias e vamos guardá-las para sempre em nosso coração”, completou.