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IML colombiano libera últimos corpos para viagem de volta ao Brasil

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Medellín (Colômbia)

02/12/2016 08h33Atualizada em 02/12/2016 10h52

O IML (Instituto de Medicina Legal) da Colômbia liberou, na manhã desta sexta, às 6h (horário de Brasília), os últimos dos 71 corpos da tragédia com o avião da Chapecoense. Depois de três dias de trabalho intenso, o órgão terminou os processos burocráticos e deixou todas as vítimas nas mãos das funerárias, para que possam ser preparadas e enviadas a seus países de origem como previsto.

A liberação deve permitir que o cronograma estabelecido pelo governo colombiano seja cumprido à risca nesta sexta. Às 11h, o corpo de uma vítima venezuelana será enviado ao país de origem. Uma hora depois, será a vez dos cinco bolivianos. Por último, os 64 corpos de brasileiros vítimas da queda do avião da companhia Lamia embarcarão para casa por volta de 19h, pelo horário de Brasília.

A previsão é de que todos os corpos sejam encaminhados das funerárias à base da Força Aérea colombiana em uma espécie de caravana fúnebre. No caso dos brasileiros, cerca de 30 carros devem levar os corpos de dois em dois até o local, e há expectativa de que cidadãos de Medellín se aproximem do trajeto para dar um último adeus às vítimas da tragédia.

Os corpos da tripulação já seguiram em cortejo fúnebre e chegaram à Base Aérea  de Rio Negro. 

Os brasileiros serão embarcados em três aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) que farão uma viagem de cerca de 12 horas até Chapecó, com uma parada técnica de uma hora em Manaus.

Segundo a Chapecoense, a chegada dos três voos em Chapecó será intercalada e irá acontecer com intervalos de 15 minutos. A exceção são os profissionais de Globo e Fox Sports, que embarcarão em voos privados organizados pelas próprias empresas.

A previsão é que na manhã de sábado os corpos finalmente cheguem ao Oeste de Santa Catarina. A maior parte dos jogadores e dirigentes que estava no voo deve ser velada na Arena Condá, onde está sendo preparada uma grande homenagem às vítimas. Algumas famílias, como a do técnico Caio Jr., preferiram que os corpos fossem enviados diretamente às suas cidades de origem, no que serão atendidas.