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Velório do lateral Gimenez é marcado por confusão e gritos de "é campeão"

Lateral da Chapecoense foi enterrado em Ribeirão Preto - Eduardo Schiavoni/UOL
Lateral da Chapecoense foi enterrado em Ribeirão Preto Imagem: Eduardo Schiavoni/UOL

Eduardo Schiavoni

Colaboração para o UOL, em Ribeirão Preto

04/12/2016 19h26

O clima de emoção e de homenagens foi trocado por empurrões, bate-boca e correria no velório do lateral direito Gimenez, que ocorreu na tarde deste domingo (4) no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto. A viúva do jogador e a mãe do atleta foram as protagonistas do triste espetáculo.

A confusão começou por volta das 14h, quando a viúva do jogador, Patrícia Gimenez, chegou ao local. Ela pediu que os portões fossem fechados e que todos deixassem o local. Ela e a mãe de Gimenez, Rosana, permaneceram junto ao corpo, mas, cerca de vinte minutos depois, Rosana pediu que a entrada das pessoas fosse novamente autorizada.

Pouco depois, por volta das 15h, Rosana e o filho Eduardo, irmão do lateral, foram levados a um hospital, ambos em estado de choque. Atendidos, eles foram liberados momentos depois, voltaram ao local e continuaram a acompanhar o velório.

A confusão entre nora e sogra aconteceu mais tarde, por volta das 16h15, quando o corpo era preparado para deixar o estádio do Botafogo. Houve um bate-boca entre as duas mulheres, que chegaram a trocar empurrões. A torcida presente ao local gritou o nome do jogador e, logo depois, as duas deixaram o local.

"Foi uma coisa que ninguém entendeu, a gente só viu as pessoas gritando, muitos correndo. A cidade se despediu dela de forma emocionante, não sei o motivo da briga entre as duas, mas foi uma coisa muito feia, ainda mais em um momento de emoção", contou o advogado Carlo Barilari, que estava no local no momento da confusão.

Após as duas deixarem o local, o corpo do jogador deixou o estádio sob aplausos e gritos de "é campeão". O corpo do lateral foi levado ao cemitério da cidade de Cravinhos, onde foi enterrado por volta das 17h15.