Vice se afasta de posto e aumenta debandada em cargos-chave do Corinthians
Uma discussão com um conselheiro no sábado, no Parque São Jorge, foi o estopim para o afastamento do vice-presidente Jorge Kalil no Corinthians. Ele entregou carta em que se licencia do cargo por um período previsto de dois meses e aumentou ainda mais a debandada em cargos-chave da atual administração corintiana. O clima no clube é de uma guerra política em que Roberto de Andrade cada vez mais se isola de seus aliados.
Antes de Kalil, o primeiro vice-presidente André Luiz de Oliveira, André Negão, chegou a se movimentar para a renúncia ao cargo. Entretanto, a possibilidade aberta de um impeachment sobre Roberto de Andrade fez com que ele se mantivesse no cargo. Ainda que totalmente alheio à atual administração, André se tornaria presidente tampão até um novo processo eleitoral. Ele nunca escondeu que seu maior sonho é ocupar a cadeira.
Já Jorge Kalil tinha cada vez uma postura mais distante da administração. Pouco presente nas decisões mais importantes de Roberto, que tem perfil mais centralizador, ele também entrou em atrito com figuras próximas a Andrés Sanchez quando foi revelado suborno nas divisões de base do clube. Na discussão de sábado, Kalil ouviu que não poderia criticar a atual gestão se fizesse parte dela. Irritado, resolveu se afastar.
Desde o início da gestão, Roberto perdeu dois diretores de marketing, Marcelo Passos e Maurício Jacob, o diretor de futebol Sérgio Janikian e o superintendente de futebol Andrés Sanchez e o gerente de futebol Edu Gaspar.
A debandada cresceu nas últimas semanas com as saídas de Eduardo Ferreira, diretor adjunto de futebol, e Rogério Mollica, diretor jurídico. O diretor das divisões de base José Onofre de Souza também foi demitido neste semestre. Responsável pela comunicação do clube, o jornalista Fábio Seródio foi outro a deixar o cargo. Quem também pode se desligar em breve é Gustavo Herbetta, superintendente de marketing e bem cotado pelo presidente Roberto de Andrade.
O núcleo de sustentação ao mandatário é formado por Luiz Alberto Bussab, ex-diretor de relações institucionais e atual diretor jurídico, Emerson Piovesan, diretor financeiro, e Flávio Adauto, diretor de futebol. Para ajudar na costura política, o oposicionista Antonio Jorge Rachid recentemente também se tornou secretário-geral de Roberto.
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