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Empolgado com a chegada de Ceni, Wellington Nem reconhece ano ruim do SP

Wellington Nem só poderá estrear pelo São Paulo em 2017 - Érico Leonan / saopaulofc.net
Wellington Nem só poderá estrear pelo São Paulo em 2017 Imagem: Érico Leonan / saopaulofc.net

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

07/12/2016 12h51

Primeiro reforço do São Paulo para 2017, Wellington Nem já chega com uma responsabilidade grande. O jogador, de 24 anos, é visto como uma das esperanças para melhorar a eficiência do ataque tricolor.

Nesta temporada, o setor foi um dos mais pontos mais criticados da equipe. Neste Brasileirão, por exemplo, o time tem apenas o 16º melhor ataque da competição, com 39 gols marcados em 37 rodadas.

Outro ponto que Wellington Nem vai ter de contribuir é com a adaptação dos jovens que subiram neste ano das categorias de base. Campeão brasileiro de 2012 pelo Fluminense e com a passagem de quatro anos pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, ele poderá transmitir experiência para jovens como David Neris, de 19 anos, e Luiz Araújo, de 20.

"Foi um ano ruim para todo mundo do São Paulo não só para o ataque, mas para todo grupo. Chego para somar não só com a molecada, mas para formar uma família e ser muito feliz", disse Nem, que foi apresentado oficialmente nesta quarta-feira, no CT da Barra Funda, e elogiou a contratação do técnico Rogério Ceni.

"Todo mundo ficou feliz com a chegada do Ceni. Vamos estar todos com ele. Vamos dar o máximo para 2017", completou o atacante.

O jogador está emprestado até o fim de 2017. O Tricolor não precisou pagar para conseguir a liberação dos ucranianos.

"Gostaria de ressaltar a lealdade dele na negociação, porque no mercado sempre entra alguém tentando driblar a negociação e o Wellington nunca mudou sua conduta. Ele se colocou ao lado do São Paulo", disse o diretor executivo de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha.

Confira abaixo a entrevista de Wellington Nem em sua apresentação oficial ao São Paulo.

Qual Wellington Nem chega ao São Paulo?

"Sou um homem mais experiente, tenho filho e família. No tempo do Fluminense não tinha tanta responsabilidade. Agora, tenho uma responsabilidade grande. Dentro de campo, serei o Wellington do Fluminense, do Figueirense... Jogarei do mesmo jeito, indo para dentro. Quero fazer o máximo para conseguir a vitória."

Conversou com Rogério Ceni

"Não tive contato com o Rogério. Queria até dar os parabéns para o Marco Aurélio Cunha, pois o Rogério foi a melhor escolha. Se ele ganhar só metade do que venceu nos tempos de jogador, estará muito bom."

Por que não foi para outro time?

"O São Paulo já tinha me procurado antes e tinha falado sim. Quando me ligaram desta vez, falei que tinha interesse e queria voltar ao Brasil. Porque o São Paulo é um clube grande e quero ganhar todos os títulos possíveis."

Quais outros clubes o procuraram?

"Deixa quieto. Só penso no São Paulo, não em outros clubes."

Não vai sentir falta de ritmo de jogo?

"Fiquei muito tempo sem jogar, porque vim para o Brasil acompanhar o nascimento do meu filho e fiquei fora duas semanas. Depois, quando chegou a possibilidade do São Paulo, falei que não queria jogar mais no Shakhtar. Mas estou bem fisicamente, poderia jogar esses últimos jogos do Brasileiro deste ano."

Como foi a sua passagem pelo Shakhtar?

"Os dois primeiros anos foram difíceis. O técnico falava que brasileiro tinha dificuldade para se adaptar neste período. Depois, fui bem, mas não estava feliz. Tinha possibilidade de ir para outro clube da Europa, mas queria voltar para o Brasil."