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Ceni exalta dupla de auxiliares estrangeira: "estou trazendo coisas novas"

Igor Amorim / saopaulofc.net
Imagem: Igor Amorim / saopaulofc.net

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

08/12/2016 14h04

O primeiro trabalho de Rogério Ceni como técnico já tem pelo menos um aspecto fora da padrão: a escolha pelo inglês Michael Beale e pelo francês Charles Hembert como auxiliares. Apresentado oficialmente nesta quinta-feira (8) no São Paulo, o ex-goleiro defendeu as contratações e avaliou que elas já indicam uma tentativa de adicionar coisas novas ao futebol brasileiro.

“Já estou trazendo duas coisas muito novas. O Michael, com conceitos de futebol europeu, intensidade de treinamento, treinamentos programados, montados dentro do campo. E o Charles com uma parte mais administrativa, com um trabalho na seleção brasileira. Trabalharemos também a parte psicológica e social", disse ao programa Globo Esporte da "TV Globo".

Antes, durante a entrevista coletiva, ele contou como conheceu a dupla e como ela pode ajudar no desenvolvimento do São Paulo. Michael trabalhava nas categorias de base do Liverpool, enquanto Charles fazia parte do setor de logística na Pitch International (empresa parceira comercial da CBF) e fala português fluente.

“Nos dias que fiquei em Liverpool vi onde são formados da sub-7 até sub-23. E ele (Michael) deu explanação de como funciona as categorias de base. Foi muito bacana, foi muito atencioso. Fui assistir o treinamento e gostei. É um treinador pronto para lidar com garotos e profissionais. Tem o problema da língua na comunicação, mas ele já está estudando três horas por dia. Não é fácil falar português, mas é fácil ter linguajar. Tenho certeza que vai desenvolver isso rápido”, disse.

“Já o Charles trabalhou junto à seleção na Copa América. Na Copa do Mundo trabalhou com Camarões. Ele me acompanhou na Inglaterra no curso, fez os mesmos módulos. A princípio, Charles vai ser uma sombra do Michael dentro de campo para interagir na comunicação”, disse.

Pelas palavras de Rogério Ceni, Michael terá uma participação ativa nos treinamentos, com a implementação de métodos que estava acostumado no Liverpool.

“MIchael é competente para treinar setores. Posso trabalhar uma parte do time e entregar a alguém capacitado para desenvolver. Na vida tem de fazer autoanalise. Michael é um cara pronto, com nove livros escritos, dois sobre treinos reduzidos. Poderia ter chamado pessoas próximas, optei por trazer profissional de alto nível para que pudesse completar como treinador”, disse.

Referências

Rogério Ceni também fez comentários sobre os profissionais que trabalham no Brasil. E fez menção especial a Dorival Júnior, que trabalha no Santos desde o último ano.

“Primeiro tenho de respeitar Dorival, consagrado, classificado na Libertadores. Talvez seja treinador mais tempo à frente a um clube, tem de respeitar”, disse Ceni, para quem a intensidade dos treinos na Europa é a principal diferença em relação ao que via no Brasil. Com exceção de Juan Carlos Osorio, que foi seu técnico em 2015 no São Paulo.

“Pesquisei bastante, vi muitos treinamentos diferentes do que eu fazia. O que mais se aproximava era o Osorio com a Intensidade, treinando dois períodos, principalmente na pré-temporada”, disse.

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