Candidato de situação se diz prejudicado em eleição do Inter
Candidato de situação à presidência do Inter, Pedro Affatato se disse prejudicado por conta da falta de tempo na campanha. Segundo ele, por ser vice-presidente da gestão atual, o momento delicado dentro de campo necessitou atenção e prejudicou a campanha. Ele reconheceu, ainda, a influência do resultado de campo no pleito.
"É uma onda em cima dos formadores de opinião. Eu tenho sofrido muito, fui e me sinto prejudicado porque durante o pouco tempo de campanha, além de ter tomado o pau que estamos tomando por conta da gestão, e também fui prejudicado por dar atenção ao clube. Fazemos parte do clube e precisamos focar no dia a dia, principalmente em um momento tão delicado", reclamou Affatato. "Temos que mudar o modelo em que uma ou duas pessoas mandam e desmandam no clube há tanto tempo", completou se referindo ao comando atual. "O próximo presidente tem que se conscientizar disso porque senão pode acabar como o Vitório. Todos que estão aqui há dois anos votaram nele. Hoje ele é crucificado pelos resultados de campo", disse.
Candidato da Chapa 01, ele é atual vice-presidente do mandato de Vitório Píffero. E se mostra descontente com o modelo atual, por isso tentou a presidência.
"Nós colorados temos que pensar e refletir sobre o que acontece. Temos que realmente darmos um passo atrás e ver qual a contribuição que cada um pode dar para mudança. A eleição mostra que estamos divididos. São 10 chapas querendo lugar no conselho e temos um grande risco de só uma ser eleita. É a fragilidade política e forma que as coisas são levadas ao torcedor. Há uma forma negativa de levar a imagem de quem é da direção. Quem fez parte da direção mudou de lado e se diz oposição. É uma bagunça e podemos cometer um erro induzido", completou.
Em seguida, Affatato reconheceu a dificuldade em atingir o objetivo de ser presidente nos próximos dois anos.
"É uma eleição difícil, principalmente para quem faz parte da gestão. O resultado de campo interfere muito nas urnas. Mas nosso objetivo é levar o que nos preocupa e o que tem que ser feito para o Inter voltar a ser vencedor, que tenha a simpatia e a aceitação de todos. Tudo que acontece hoje é fruto de um desgaste de modelo, sabemos disso. Venho defendendo esta tese desde 2010, mas infelizmente há um sistema que é bem mais complexo e difícil de se fazer ouvir. Gostaria de deixar esta mensagem, como conselheiro, torcedor, acho que a obrigação que nós vivemos é trazer nossa experiência", finalizou.
Por volta das 19h, o resultado da eleição para presidência do Internacional será conhecido. O novo mandatário assume no fim do ano e comandará o clube pelos próximos dois anos. Além disso, ocorre paralelamente a eleição para renovação do Conselho Deliberativo. São nove chapas concorrendo para atingir 15% dos votos e conseguir cadeiras no grupo dos representantes da torcida.
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