Conselheiros do SP vetam proposta de direitos de transmissão da Globo
O Conselho Deliberativo do São Paulo vetou nesta terça-feira (13) à noite a assinatura de novo contrato com a Globo para a transmissão do Brasileirão em TV aberta a partir de 2019 até 2024. No total, 78 votaram contra e 60 a favor da aprovação. O clube teria direito a receber R$ 20 milhões de luvas. Sem essa verba, a diretoria deve recorrer a empréstimos bancários para honrar os seus compromissos de fim de ano.
O São Paulo precisa pagar a segunda parte do 13º salário, quitar uma parcela da compra do zagueiro Maicon que vence em dezembro e ajudar a cobrir a folha salarial de janeiro, entre outras contas que vencerão em breve.
Os conselheiros de oposição questionaram o acordo nas últimas semanas. Os principais argumentos eram de que a diretoria queria o dinheiro para gastar em contratações pensando em um time forte para alavancar a campanha de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, à reeleição presidencial em abril do ano que vem, e uma possível transgressão do Profut, lei que refinanciou as dívidas dos clubes e considera gestão temerária antecipações de receitas de gestões futuras caso o dinheiro não seja usado exclusivamente para diminuir o endividamento e não se limite a no máximo 30% das receitas do primeiro ano da administração seguinte.
Outro ponto de discórdia é o valor que o clube vai receber. Em fevereiro, o São Paulo havia selado acordo para receber R$ 60 milhões de luvas da TV fechada (Sportv e Premiere). A principal alegação para tal diferença de valor da TV aberta (R$ 20 milhões) é de que no caso do contrato assinado no início deste ano existia concorrência com o Esporte Interativo. Desta vez, apenas a Globo demonstrou interesse nos direitos de transmissão.
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