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Falta de autonomia e insatisfação: o que forçou saída de Scuro do Cruzeiro

Thiago Scuro se despede do Cruzeiro depois de pouco mais de um ano à frente da diretoria de futebol - Paulo Sérgio/Lightpress
Thiago Scuro se despede do Cruzeiro depois de pouco mais de um ano à frente da diretoria de futebol Imagem: Paulo Sérgio/Lightpress

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

14/12/2016 06h00

O Cruzeiro já se prepara para a chegada de um novo profissional no departamento de futebol desde outubro passado. A insatisfação do mandatário Gilvan de Pinho Tavares e do vice-presidente Bruno Vicintin com o trabalho de Thiago Scuro já acarretaria em uma mudança no cargo. Contudo, o diretor se antecipou e pediu demissão por conta da falta de autonomia.

Mas o que motivou a solicitação de Scuro? O ex-profissional do clube evita falar sobre o assunto. Em entrevista coletiva, ele revela que estava insatisfeito na Toca da Raposa II, mas não confirma a verdadeira razão de sua saída:

“Foi uma decisão minha, vinha refletindo muitas questões conceituais. Se este era o caminho que eu queria... Se abro mão de um emprego como este é porque houve algo que não era satisfatório. Já discuti esses pontos com quem deveria”, declarou, sem revelar os pontos que culminaram no pedido de demissão.

A verdade é que havia insatisfação de ambas as partes. O Cruzeiro não estava contente com o trabalho desempenhado por Thiago Scuro. Não é à toa que, em outubro passado, antes mesmo da semifinal da Copa do Brasil contra o Grêmio, Bruno Vicintin manteve contatos com Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras. O executivo do clube paulista informou, à época, que pretendia permanecer na Academia de Futebol.

O descontentamento da cúpula com o trabalho do diretor de futebol é por conta da ação mal-sucedida do clube em alguns casos no mercado da bola. A inserção na primeira janela de transferências foi a que gerou maior reprovação nos bastidores da Toca da Raposa II.

Por outro lado, Thiago Scuro crê que faltou autonomia para alguém que ostentava o rótulo de diretor de futebol. O vice-presidente Bruno Vicintin apareceu com mais frequência que o executivo contratado nas negociações. O cartola que conta com um cargo estatutário foi quem conduziu a principal transação do Cruzeiro na temporada: a chegada de Rafael Sóbis, que estava no Tigres, do México.

Substituto à vista

O Cruzeiro ainda não definiu quem será o substituto de Thiago Scuro no cargo de diretor de futebol. O primeiro da lista, porém, é Erasmo Damiani, coordenador das categorias de base da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O dirigente do órgão que rege o esporte no país foi procurado por Bruno Vicintin há alguns dias com o intuito de falar sobre a sua situação na entidade. Com passagens por América-RJ, Figueirense, Atlético-PR e Palmeiras, ele não descarta uma mudança de local, mas aguarda a formalização da proposta.

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