Associação de clubes da Europa se opõe à Copa com até 48 times e faz apelo

A Associação de Clubes da Europa (ECA, na sigla inglês) divulgou um comunicado nesta quinta-feira (15) em que se opõe formalmente aos planos de expansão da Copa do Mundo. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse recentemente que pretende ampliar o número de participantes para até 48 seleções. 

Presidente da ECA, o ex-jogador Karl-Heinz Rummenigge fez um apelo à entidade e disse que é preciso ter como foco os aspectos esportivos no futebol, e não comerciais.

“Nós precisamos focar no esporte novamente. Política e questões comerciais não devem ser a prioridade exclusiva no futebol. Por interesse dos fãs e dos jogadores, nós urgimos que a Fifa não aumente o número de participantes na Copa do Mundo", disse.

Desde que assumiu o comando da Fifa, Infantino tem defendido em entrevistas a expansão da Copa do Mundo. Em um dos modelos propostos pelo dirigente, o torneio ganharia um mata-mata de classificação à fase de grupos, a exemplo do que acontece na Copa Libertadores da América ou na Liga dos Campeões da Europa.

"As 16 melhores (seleções) se classificariam diretamente para a fase de grupos do Mundial, e as outras 32 jogariam uma partida, um playoff, três dias antes do começo do Mundial para determinar os outros 16. Assim, teríamos 32 equipes (na fase de grupos)", disse Infantino, em entrevista recente à agência EFE.

No comunicado, a ECA informa que enviou uma carta a Infantino argumentando que um aumento no número de participantes na Copa do Mundo incharia ainda mais o calendário do futebol, sobrecaregando os jogadores que atuam por suas seleções nacionais.   

"O número de jogos que estão sendo disputados ao longo do ano já atingiu um nível inaceitável, em particular para os jogadores da equipe nacional. A diretoria executiva da ECA rejeita tal iniciativa e enviou hoje uma carta a Gianni Infantino pedindo à Fifa para não aumentar o número de participantes em futuras Copas do Mundo", diz o comunicado.

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